Na reta final da campanha em SP, Joice Hasselmann passa a defender feminismo

Joice Hasselmann compartilhou com as demais candidatas, a defesa do feminismo (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Com informações da Folhapress

SÃO PAULO – Minoria entre os 13 nomes que concorrem à Prefeitura em São Paulo, as mulheres Joice Hasselmann (PSL), Marina Helou (Rede) e Vera Lúcia (PSTU) compartilham a defesa do feminismo apesar de suas diferentes ideologias. As candidatas se manifestaram ao longo da campanha a favor de maior participação política das mulheres e empunharam bandeiras de combate ao machismo e à violência contra a mulher –pautas também abraçadas pelos candidatos homens.

Durante os dois únicos debates na TV, Marina foi alvo de comentários machistas nas redes sociais. Mulher negra, Vera afirma que as violações são constantes. Joice, por sua vez, trouxe para a campanha os ataques e a difamação que sofreu em uma ação orquestrada pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) —um processo que a ajudou a entender o machismo e a defender as mulheres.

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“É algo focado estritamente no fato de eu ser mulher. Uma coisa que eu não tinha vivido. Sempre critiquei esse papo de machismo e feminismo, achava cafona, imagina, eu nunca vou sofrer machismo porque eu sou um trator. E eu mordi a língua. Eu não podia imaginar que alguém fosse capaz de fazer uma coisa dessas, tão sujo, nojento, torpe e criminoso”, declarou Joice Hasselmann.

Rompida com Bolsonaro, a ex-líder do governo no Congresso fez a campanha municipal com 24 kg a menos e resolveu compartilhar com as mulheres sua experiência, que teve fake news, gordofobia e montagens pornográficas.

“Eu fui muito humilhada, achincalhada por esses bandidos que cercam ali a tropa do Palácio do Planalto. Eu engordei porque eu estava ajudando eles. Quantas mulheres não são xingadas dentro de casa pelo marido porque engordaram. Ou não sofrem bullying no trabalho e na escola porque engordaram”, completa.

Questionada pela Folha se hoje vê machismo no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), por exemplo, Joice, que é antipetista ferrenha, diz que “montagens pornográficas não se faz com ninguém, nem de esquerda nem de direita”.

A deputada do PSL afirma que Bolsonaro é machista, que a política é um ambiente hostil e masculino e prega que as mulheres sejam incentivadas a entrar nesse meio – ou os homens continuarão decidindo sobre temas que dizem respeito às mulheres.

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