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Na Rússia, milhares de manifestantes vão às ruas contra prisão de opositor de Putin
Policiais se chocam com manifestantes pró-Navalni no centro de Moscou.(Reprodução/Reuters)
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24 de janeiro de 2021
Com informações Folha de S. Paulo
SÃO PAULO – Os russos demonstraram de forma impressionante a força contra o presidente Vladimir Putin. Nesse sábado, 23, milhares de pessoas enfrentaram temperaturas congelantes e foram às ruas para protestar contra a prisão do líder opositor Alexei Navalni. Foram os maiores atos nacionais desde a jornada de protestos organizada pelo próprio Navalni em 2017.
Pelo menos em extensão, foi um dos maiores protestos, houve manifestações em cerca de 100 cidades de Kaliningrado (encrave europeu a oeste) a Vladivostok (extremo oriente). Em Moscou, com o termômetro perto do zero grau, as estimativas de ativistas variavam de 20 mil a 40 mil presentes. A prefeitura falou em 4.000. Como os protestos não tinham autorização para acontecer, foram dispersados pela polícia com maior ou menor violência. Segundo a ONG de direitos humanos OVD-Info, 3.134 pessoas foram presas pelo país.
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“Nem eu esperava tanta gente. E tanta polícia”, disse Ivan Stepanov, ativista do Fundo Anticorrupção de Navalni que falava com a reportagem por aplicativo de mensagem de Moscou até parar de responder. Não se sabe se ele foi detido. O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, disse que os atos são inaceitáveis em meio à segunda onda da pandemia da Covid-19, que tem na Rússia o quarto país do mundo em casos, com 3,6 milhões de infectados e 70 mil mortos.
Vídeos mostraram policiais da temida Omon, a tropa de choque russa, prendendo um garoto de 14 anos que concedia tranquilamente uma entrevista na praça Púchkin, tradicional ponto de encontro no centro moscovita. O grupo começou a marchar pela capital, e a noiva de Navalni, Iulia, foi uma das detidas.
Houve choques pontuais com a polícia na capital e também em São Petersburgo, segunda maior cidade do país. Manifestantes foram feridos. A agência RIA Novosti contou 40 policiais feridos em Moscou, onde manifestantes expulsos da central praça Púchkin foram até a prisão onde está Navalni.
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