‘Não foram baderneiros’, diz Moraes sobre 8/1 após voto de Fux


Por: Cenarium*

11 de setembro de 2025
‘Não foram baderneiros’, diz Moraes sobre 8/1 após voto de Fux
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (Antonio Augusto/STF)

MANAUS (AM) – O ministro Alexandre de Moraes rebateu, nesta quinta-feira, 11, a declaração de Luiz Fux de que os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 foram atos de “turbas desordenadas”. O relator da trama golpista afirmou que o ato foi resultado de uma organização criminosa para se perpetuar no poder.

“Não foi um passeio no parque, não foi um passeio na Disney, foi uma tentativa de golpe de Estado. Não foi combustão espontânea, não foram baderneiros descoordenados que ao som do flautista, todos fizeram fila e destruíram as sedes dos Três Poderes. Foi uma organização criminosa”, disse.

Moraes pediu um aparte no voto de Cármen Lúcia, na primeira manifestação que dá depois da divergência aberta por Fux, que votou por absolver seis dos oito réus. Segundo o ministro, e Cármen Lúcia pouco antes dele, não se pode olhar aos fatos isolados.

Moraes exibiu imagens de invasões dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 (Antonio Augusto/STF)

“E se nós pegamos um fato isolado, a reunião dos kids pretos, que na verdade foi um salão de festas fechado a questão é o encadeamento de tudo. Por isso que desde a utilização dos órgãos públicos que demonstrei no meu item um, houve toda uma organização e utilização de GSI, Abin, Ministério da Justiça, Polícia Federal e PRF e parte dessas pessoas, Ministério da Defesa“, disse.

Nesta quinta-feira, 11, o STF formou maioria para condenar Bolsonaro e sete auxiliares por integrarem uma organização criminosa na tentativa de reverter o resultado da eleições de 2022 vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O julgamento da Ação Penal 2668 é realizado desde o dia 3 de setembro de 2025 na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Sete auxiliares do então presidente também foram considerados culpados por cinco crimes.

Veja auxiliares de Bolsonaro que também estão sendo julgados:

  • Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
  • Mauro Cid: Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Braga Netto: general, ex-ministro da Defesa e candidato a vice derrotado em 2022;
  • Paulo Sérgio Nogueira: general e ex-comandante do Exército;
  • Almir Garnier: ex-comandante da Marinha;
  • Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin e deputado, foi beneficiado por uma decisão da Câmara e é julgado por três crimes.
Leia mais: Com voto de Cármen Lúcia, STF forma maioria para condenar Bolsonaro e militares
(*) Com informações da Folha de São Paulo

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