‘Não será sancionada’, diz Bolsonaro sobre fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso

Sem máscara, Bolsonaro conversa com jornalistas na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo (Miguel Shincariol/AFP)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 19, que vai vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões. O valor três vezes maior que o destinado às eleições de 2018 foi aprovado na semana passada pelo Congresso na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. A declaração foi dada em entrevista à TV Brasil, que vai ao ar hoje a partir das 22h30.

“É  uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada, que afinal de contas eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. E nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado. E nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho que sancionar do lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro. A ideia nossa é vetar isso daí”, disse Bolsonaro.

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Apesar de Bolsonaro indicar o veto, no  Palácio do Planalto, a avaliação é que o melhor desfecho para o fundo eleitoral é o Supremo Tribunal Federal anular as votações da LDO. Na segunda-feira,  parlamentares ingressaram com uma ação na Corte com esse objetivo.

Técnicos do governo avaliam que o simples veto resultaria na manutenção do mesmo valor destinado ao fundo em 2018, de R$ 2 bilhões. Isso porque o montante foi estabelecido, no último pleito, após alteração feita na Lei das Eleições.

O presidente também falou sobre a obstrução intestinal que o levou ao hospital na semana passada.

“Estou bem, 100%. Tive uma obstrução intestinal que foi agravada por uma crise de soluço. Só quem teve uma crise de soluço por vários dias consecutivos sabe o que é isso. E fui para São Paulo para ser submetido a uma cirurgia. Graças a Deus o quadro evoluiu ainda durante o próprio voo e no dia seguinte evoluiu para não fazer essa cirurgia. Agora, isso tudo em função daquela facada que recebi em 2018, por um filiado do Psol. O elemento  está preso, mas até hoje protegido por parte da Justiça brasileira, em especial seu sigilo telefônico, e as investigações não avançam. Mas graças a Deus estou bem e vou cumprir essa missão até o último dia”, disse.

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