‘Nature’ inclui cientista brasileiro em sua lista de pesquisadores influentes do ano

Tulio de Oliveira no grupo de sequenciamento do coronavírus da África do Sul (JOAO SILVA / NYT)

Informações do InfoGlobo

MANAUS – O pesquisador brasileiro Tulio de Oliveira foi selecionado como um dos dez cientistas mais influentes de 2021 pela revista científica “Nature” nessa quarta-feira. A seleção, feita anualmente pelos editores da publicação, tem por objetivo destacar os indivíduos que mais contribuíram com a ciência no ano.

Oliveira é diretor do Centro para Respostas e Inovação em Epidemias (Ceri) na África do Sul, onde vive desde 1997. Ele ganhou destaque ao chefiar uma das equipes envolvidas na descoberta da nova variante Ômicron do coronavírus no País e por compartilhar os dados que colocaram em alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 24 de novembro.

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A lista conta com cinco cientistas mulheres e profissionais de nove países: Winnie Byanyima (Uganda), Friederike Otto (Alemanha), Zhang Rongqiao (China), Timnit Gebru (Etiópia), John Jumper e Meaghan Kall (Reino Unido), Victoria Tauli-Corpuz (Filipinas), Guillaume Cabanac (França), Janet Woodcock (EUA).

Winnie Byanyima é diretora-executiva da Unaids, o programa das Nações Unidas de combate à Aids, e cofundadora do grupo People’s Vaccine Alliance, que defende acesso e distribuição igualitária de vacinas ao redor do mundo.

Já Friederike Otto é uma climatologista alemã e diretora associada do Instituto de Mudança Ambiental da Universidade de Oxford, em Londres. E Zhang Rongqiao é um engenheiro chinês que liderou a primeira missão bem-sucedida de seu país à Marte.

Timnit Gebru é uma cientista de computação que trabalha com ética aplicada à inteligência artificial, especialmente como o reconhecimento facial pode favorecer ou desfavorecer determinados grupos.

John Jumper, por sua vez, é um pesquisador que utiliza inteligência artificial para transformar a biologia.

Victoria Tauli-Corpuz é consultora de desenvolvimento e ativista internacional pelas causas indígenas. Este ano, na cúpula da COP26, conseguiu que os direitos indígenas fossem reconhecidos em um acordo que rege as parcerias internacionais e os mercados de carbono.

Já Guillaume Cabanac é um cientista da computação da Universidade de Toulouse, na França, que se especializou em analisar artigos e estudos científicos para encontrar conteúdos questionáveis que não fazem sentido, apenas volume. Ele criou o Problemmatic Paper Screener, um site para sinalizar e relatar manuscritos questionáveis.

Epidemiologista do governo britânico, Meaghan Kall, passou a usar o Twitter para explicar dados e estudos relacionados ao coronavírus, tornando assim a informação mais compreensível para aqueles que não fazem parte ou não estão acostumados com a literatura acadêmica.

Por fim, Janet Woodcock é uma médica americana responsável por liderar a agência de regulação dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), equivalente à Anvisa no Brasil.

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