No AM, casa de acolhimento à comunidade LGBT recebe doações para manter o funcionamento

Em quase três anos, e sem qualquer tipo de apoio do poder público, a Casa Miga já recebeu em torno de 115 pessoas (Reprodução/Internet)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – A casa de acolhimento à comunidade LGBT, Casa Miga, situada em Manaus, no Amazonas, está aberta para receber doações voltadas à manutenção, ao funcionamento do lugar e a objetos que atendam necessidades dos acolhidos. De acordo com o responsável pelo local, Lucas Brito, itens de cama, mesa e banho são bem-vindos, assim como ajuda na alimentação servida no intervalo das atividades realizadas na casa.

“Os interessados podem doar proteínas como carnes, frangos e ovos. É só entrar em contato conosco pelo número (92) 98450-7199 para orientarmos sobre as entregas das doações”, diz o coordenador, revelando que, somente com alimentação, são, em média, R$ 300 gastos por semana, totalizando R$ 1.200 por mês. (endereço não revelado por questões de segurança aos acolhidos)

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“Recebemos recurso de um edital, que já acabou, mas conseguimos economizar, porque recebemos doações. Esses gastos são só com proteínas e afins. Recebemos cestas e vamos guardando, pois, se tivéssemos que comprar, seria uns R$ 500 por semana”, conta Brito.

“Valor contado”

O valor necessário para garantir o funcionamento da casa de acolhida, conforme as informações repassadas por Lucas, está contado para manter, no máximo, até o final do ano. Por conta da pandemia, em maio de 2020, o local quase fechou as portas. A casa está com dificuldade de angariar recursos para manter o local, mas a iminência de parar com o funcionamento ainda existe.

“Tempos atrás, a casa só tinha arroz e feijão para as refeições. Na pandemia, tivemos que gastar dinheiro comprando carnes e frangos, porque não recebíamos. Em maio do ano passado quase fechamos, mas conseguimos doações de recursos participando de editais. Nos preocupamos com itens que vão desde remédios. Se um fica gripado, todos ficam e tentamos ajudar, compramos remédios, se necessário, mas não é fácil manter tudo fluindo”, relata.

As doações podem ser feitas durante todo o ano (Reprodução/Casa Miga)

“Doações em dinheiro”

Para os que desejam ajudar com valores em dinheiro, é possível doar por meio de duas formas. A primeira é pelo banco da Caixa Econômica com os seguintes dados: Agência: 01457, Conta-Corrente: 1288.00085479072-2. (Associação Manifesta LGBT+) Pix: 33156400000140. A segunda opção para doação em valores pode ser pela benfeitoria de maneira mensal como explica o coordenador.

“Essa agência da Caixa cai direto na conta, inclusive, o Pix é o próprio CNPJ do Manifesta, que é responsável jurídico da Casa Miga. A outra forma de doar é pelo site benfeitoria, onde você acessa e faz o cadastro do cartão de crédito e fica doando um valor mensal. É como se fosse um doador fixo que pode ajudar com  a valor que optar”, explica.

Sobre a Casa Miga

A Casa Miga acolhe brasileiros e refugiados maiores de 18 anos que estejam em situação de vulnerabilidade social devido à orientação sexual e/ou identidade de gênero. O lugar foi criado pela Associação Manifesta LGBT+ e começou a funcionar em agosto de 2018.

Em quase três anos, e sem qualquer tipo de apoio do poder público, a Casa Miga já recebeu em torno de 115 pessoas. Com exceção de menores de idade, que segundo a legislação brasileira não podem ser acolhidos e conviver no mesmo espaço dos adultos. Além de acolher, o local também oferece cursos, capacitações, orientações para o público do local.

O local tem capacidade para abrigar até 18 pessoas, que podem ficar alojadas na casa por um período de até 90 dias. Mas o prazo pode variar de acordo com cada caso e, em função da pandemia, o tempo de estadia também pode ser flexibilizado.

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