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No AM, Defesa Civil monitora estiagem em municípios do interior
A estiagem já afeta pelo menos três bacias do Amazonas (Divulgação/Defesa Civil)
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13 de setembro de 2021
Com informações da assessoria
MANAUS – Com o encerramento das ações da Operação Enchente 2021, as atenções estão voltadas para o acompanhamento da estiagem. No Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), que faz parte de uma das frentes de trabalho do Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Estado do Amazonas (Subcomadec), é realizado o monitoramento diário de variáveis que podem desencadear ocorrências nas áreas do monitoramento hidrológico e meteorológico, as informações foram repassadas pela Defesa Civil nesta segunda-feira, 13.
Os produtos gerados por esse trabalho, em colaboração com institutos, agências e centros de monitoramento, subsidiam e amparam as ações de planejamento e tomadas de decisões que serão fornecidas aos 62 municípios do estado. Documentos como parecer técnicos, informativos, avisos e alertas são disponibilizados regularmente para as Coordenadorias/Secretarias de Defesa Civil Municipais do Estado do Amazonas, com o objetivo de otimizar a gestão de risco (prevenção, mitigação e preparação) e o gerenciamento de desastre (resposta e recuperação) para evitar potenciais situações de calamidade, e minimizar impactos sobre a população.
Conforme monitoramento meteorológico realizado pelo Cemoa, as condições oceânicas que dominam o clima apresentam status de neutralidade no mês vigente, sendo que, no panorama atual, tem-se observado que a faixa sudoeste do estado experimentou o reflexo da escassez de chuvas promovidos pelo período de estiagem, que podem ter impactos de forma pontual, sobretudo nas áreas que compreendem as calhas do Alto e Médio Juruá, Alto Purus e Alto Solimões.
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O cenário futuro indica o retorno das chuvas, tendo em vista que o período seco já se encerra no mês de setembro. No mês seguinte (outubro), já deve ocorrer a transição entre a estação seca para chuvosa, em que se espera retorno das chuvas, conforme análise dos centros de referência em tempo e clima.
Bacia do Juruá
O nível do rio na região encontra-se em processo regular de vazante, com níveis baixos para o atual período do ano. A estação de referência, localizada em Cruzeiro do Sul, registrou, nesta segunda-feira, 13, o nível de 3,77m (baixou 0,03m). No dia 10 de setembro de 1995, ano da menor vazante no município, registrou o nível de 2,56m (1,21m abaixo da cota atual).
A menor vazante registrada no Rio Juruá, tendo como referência o município de Cruzeiro do Sul, deu-se no dia 1º de julho de 1995, atingindo a cota de 2,20m, faltando 1,57m para atingir a referida cota, enquadrando a região em Status de Alerta.
Bacia do Purus
O nível do rio em Rio Branco (AC) se encontra em processo de vazante, com cotas baixas para o atual período do ano, indicando vazante severa na região, com influência remota nas regiões do Alto e Médio Purus. Estação referência para a região, localizada no município de Boca do Acre, registrou, nesta segunda-feira, 13, o nível de 4,22 m (subiu 0,02m). No dia 10 de setembro 1998, ano da menor vazante no município, registrou o nível de 4,07m (0,15m abaixo da cota atual).
A menor vazante registrada em Boca do Acre se deu no dia 07 de outubro 1998, atingindo a cota de 2,19m. A diferença de 2,03m para se atingir a referida cota enquadra a região em Status de Alerta.
Bacia do Madeira
O Rio Madeira se encontra em processo de vazante, com níveis no limite inferior à faixa de normalidade, indicando possibilidade de vazante severa na região. Estação que monitora a região no município de Humaitá registrou, nesta segunda-feira, 13, o nível de 10,86m (parado). No dia 10 de setembro 1969, ano da menor vazante registrada no município, registrou o nível de 8,61m (2,25 m abaixo da cota atual).
A menor vazante registrada em Humaitá deu-se no dia 1º de outubro 1969, atingindo a cota de 8,33m, faltando 2,53m para atingir a referida cota, enquadrando a região no Status de Atenção.
Bacia do Alto Solimões
Em processo natural de vazante. A estação que monitora a região no município de Tabatinga registrou, nesta segunda-feira, 13, o nível de 1,58m (subiu 0,18m). No dia 10 de setembro 2010, ano da menor vazante no município, registrou o nível de -0,24m (1,82 m abaixo da cota atual). A menor vazante registrada em Tabatinga se deu no dia 11 de outubro 2010, atingindo -0,86m. A diferença de 2,44m para se atingir a referida cota enquadra a região em Status de Atenção.
Status dos municípios por calhas:
Situação de Atenção
• Calha do Madeira: Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte
• Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Iça e Tonantins
Situação de Alerta
• Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Itamarati, Eirunepé, Envira e Carauari
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