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No AM, manejo sustentável e processo produtivo do babaçu enriquecem debate parlamentar sobre bieconomia
A Comissão tem como objetivo trazer diretrizes para a política de implementação do processo produtivo e de manejo sustentável do babaçu no Amazonas (Reprodução/Internet)
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27 de abril de 2021
Victória Sales – Da Revista Cenarium
MANAUS – Fomentar o debate sobre bioeconomia e promover a implementação de políticas públicas do processo produtivo e de manejo sustentável do babaçu no Amazonas são objetivos da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A equipe parlamentar vai avaliar em reuniões técnicas e Audiências Públicas estudos para catalogação do fruto, além das potencialidades e viabilidades na região amazônica.
A Comissão Especial leva em consideração que o babaçu é uma nobre palmeira oriunda da região Norte e de áreas de Cerrado. A árvore pode atingir cerca de 10 a 30 metros de altura e suas folhas a oito metros de comprimento. Além disso, os babaçus carregam em seus galhos os frutos que são conhecidos como coco-babaçu, o qual contém sementes oleaginosas, onde são extraídas um óleo importante para a alimentação, remédios, e para a fabricação de biocombustíveis.
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De acordo com o coordenador da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento, Sinésio Campos (PT-AM), é importante buscar formas e providências para apoiar o desenvolvimento da cultura da árvore. “Promover o manejo sustentável e a disseminação de tecnologias que concorram para o aumento da produtividade e qualidade do produto é uma forma de colaborar com essa cultura”, afirmou.
Fazem parte da comissão especial instituições como a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Secretaria de Estado das Cidades e Territórios (Sect), além de representantes das prefeituras dos municípios do interior do Estado.
Cultivo
Os cachos que abrangem os frutos do babaçu são cultivados após 9 meses, que é o tempo exato que levam para cair do tranco da árvore. O fruto só começa a ser produzido, quando a árvore tem idade elevada a oito anos de vida. No total, os babaçus podem suportar até 500 frutos por árvore, normalmente entre os períodos de janeiro e abril. O fruto pode ser usado de várias formas, o qual são aproveitados quase todas as partes do fruto.
“O principal fim das amêndoas é a produção de óleo de coco do babaçu. Ele é amplamente utilizado na indústria cosmética, alimentícia, de sabões, detergentes, lubrificantes, entre outras, e na alimentação das comunidades da região do Cerrado e transição com a Amazônia. Seu óleo possui alto índice de saponificação, o maior dos óleos vegetais de uso industrial, e baixa concentração de iodo. O endocarpo é usado para fazer um carvão de alto potencial calorífico”, explicou o deputado.
Quebradeiras de coco-babaçu
Após a queda dos cachos com os frutos, as mulheres quebradeiras de coco-babaçu, que fazem trabalho na região Norte e Nordeste, que tem um grupo de aproximadamente 300 mil mulheres, em áreas entre o Cerrado, a Caatinga e a Floresta Amazônica, que são ricas em babaçuais. Elas coletam e extraem as amêndoas dos frutos durante o dia e em seguida produzem os óleos oriundos da natureza.
Elas são conhecidas nacionalmente como um dos principais povos e comunidades tradicionais do Brasil, o qual são reconhecidas juridicamente a grupos que fazem uso dos recursos sustentáveis e naturais. Além disso, essas mulheres sofrem cada vez mais com o desmatamento ilegal e as ameaças crescentes com intimidação física e agressão sexual.
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