No AM, polícia orienta como denunciar exposição após musa do boi-bumbá sofrer ameaça

Marciele Albuquerque é cunhã-poranga do Boi Caprichoso. (Reprodução/ Instagram)
Por Hiel Levy

MANAUS — A ameaça de expor a intimidade da cunhã-poranga do Boi Caprichoso, Marciele Albuquerque, publicada em um site na última quinta-feira, 18, levou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos (Dercc), a orientar sobre a exposição íntima virtual e a importância de se registrar Boletim de Ocorrência (BO) para apuração desse crime.

O delegado Reinaldo Figueira, titular da unidade especializada, informa que o crime se caracteriza quando ocorre exposição de alguém sem consentimento, com intuito de constranger e divulgar imagens íntimas de uma pessoa.

“As exposições sexuais podem envolver adultos, crianças, adolescentes e até pessoas que tem alguma deficiência, que são expostas de forma indevida, causando danos psicológicos e morais às vítimas”, relatou o delegado.

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A autoridade policial ressalta que, para evitar a ocorrência desses crimes, as pessoas devem ter cautela ao compartilhar fotos íntimas, mesmo que seja com alguém do seu círculo de confiança.

“As mulheres são os maiores alvos de exposição íntima, devido às buscas por relacionamentos virtuais. Durante as conversas, a vítima envia fotos e informações pessoais ao parceiro e, muitas vezes, ao terminar a relação, o indivíduo utiliza essas imagens para chantagear a mulher, ameaçando divulgar caso ela não acate um pedido dele”, explicou o delegado.

Figueira ressaltou, ainda, a importância de se realizar as denúncias, a fim de agilizar as diligências em torno do caso e a identificação dos autores.

“Qualquer pessoa que tenha sua imagem exposta nas redes sociais deve procurar a polícia e registrar a ocorrência. Somente dessa forma conseguiremos combater esse crime na sociedade”, concluiu o delegado.

Denúncias

Reinaldo explica que, caso o crime seja de autoria desconhecida, a ocorrência pode ser registrada na Dercc, situada nas dependências da Delegacia Geral, na Avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste, onde será dado andamento nos trabalhos investigativos para identificar o autor e elucidar o caso.

Se o delito for cometido contra crianças e adolescentes com autoria conhecida, o noticiante deve procurar a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), localizada na Avenida Via Láctea, conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo, zona centro-sul, para registrar um Boletim de Ocorrência (BO).

As denúncias também podem ser registradas pelo site da Delegacia Virtual (Devir), no endereço eletrônico: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/.

Reação

“A minha luta diária aqui não é só minha. É de tantas mulheres amazônidas que sofrem todos os dias por conta do machismo, preconceito e violência que nos é direcionada. Violência que muitas vezes é corporal ou verbalizada com calúnias, mentiras e xingamentos”, declarou a cunhã do Caprichoso no Instagram.

Publicação de Marciele Albuquerque no Instagram (Reprodução/ Instagram)
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