No AM, prefeitura nega óbito por rabdomiólise em município do interior

Fachada do principal hospital da cidade de Parintins no Amazonas. (Reprodução/Internet)
Gabriel Abreu – Da Cenarium

MANAUS – A prefeitura do município de Parintins, distante 369 quilômetros da capital amazonense, desmentiu, nesta segunda-feira, 13, o falecimento de um paciente por rabdomiólise, transferido pela Secretaria Municipal de Saúde de Parintins (Semsa) para Manaus.

No comunicado oficial divulgado nas redes sociais da prefeitura, a Semsa afirmou que Alexandre Cidade Ramos morreu em virtude de choque séptico de foco pulmonar, insuficiência renal aguda e sepse de foco pulmonar, não havendo ligação relatada com a rabdomiólise, conhecida também como doença de Haff.

Por fim, a Secretaria de Saúde de Parintins disse que está em constante comunicação com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), em Manaus, para notificação dos casos de rabdomiólise e que as informações são feitas às autoridades de saúde de Parintins para as devidas providências.

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Casos

Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o número de casos de rabdomiólise chegou a 61 notificações, na última quinta-feira, 9. Desses, 37 são em Itacoatiara (sendo um óbito), quatro em Silves, quatro em Borba, quatro em Parintins, quatro em Maués, três em Manaus, dois em Urucurituba, um em Manacapuru, um em Caapiranga, um em Autazes.

Força-Tarefa

Para investigar os casos de doença de Haff, a FVS-AM criou uma força-tarefa para acompanhar as notificações e investigar as causas do surto. De acordo com os técnicos que acompanham o grupo, foram coletadas amostras da água dos rios que banham os municípios notificadores dos casos de peixes contaminados, de frutos que ficam dentro da água dos rios e que servem de alimento para os pescados; além de amostras de sangue e de soro dos pacientes hospitalizados pela síndrome.

Os materiais foram encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública da FVS-RCP (Lacen/FVS-RCP) para analisar e identificar quais dos materiais podem estar incluídos na cadeia de contaminação. Além da FVS-RCP, participam da força-tarefa a secretaria de Estado de Saúde (SES-AM); Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD); Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf); Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas, do Ministério da Agricultura; e Ministério da Saúde.

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