No AM, Receita Federal retém carga de minério suspeito de ser extraído de terra indígena


25 de março de 2023
No AM, Receita Federal retém carga de minério suspeito de ser extraído de terra indígena
Ao todo, foram encontradas mil toneladas de minérios que tinham como destino a Europa. (Divulgação)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Receita Federal, por meio do Serviço de Vigilância e Repressão ao Combate ao Contrabando e Descaminho da Alfândega do Porto de Manaus (Serep), reteve 36 contêineres com minérios suspeitos de terem sido extraídos de reservas indígenas de Rondônia, em operação realizada entre os dias 17 e 24 de março.

Ao todo, foram encontradas mil toneladas de minérios que tinham como destino a Europa. Conforme a Receita Federal, a suspeita surgiu após o exame documental da exportação apresentar inconsistências e diversas informações indicaram a necessidade de se realizar a verificação física da carga, que estava declarada no valor de R$ 1,5 milhão.

Receita Federal retém mil toneladas de minério em Manaus. (Divulgação)

Além das questões suspeitas na documentação, o Serep passou a questionar se o minério declarado era o mesmo que estava nos contêineres, pois na análise preliminar do que foi encontrado é de que seja cassiterita, com o valor aproximado de R$ 65 milhões“, afirma o órgão, por meio de nota.

Minério foi enviado à Polícia Federal para identificação; a Receita Federal suspeita ser cassiterita, conhecida como “ouro negro”. (Divulgação)
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A cassiterita é conhecida como “ouro negro” e tem se popularizado entre os garimpeiros ilegais. O minério passa por inúmeros processos de mineração, podendo ser vendida na forma concentrada ou como estanho extraído. O estanho é um dos principais materiais utilizados para soldar componentes eletrônico e revestir o interior das latas de alimentos.

A Receita Federal aguarda o resultado da perícia do minério coletado, que foi enviado à Polícia Federal para dar continuidade ao procedimento. “Caso as suspeitas do Serep se confirmem, estaremos diante dos crimes de exportação irregular e crime ambiental, pois a cassiterita pode ter sido extraída de alguma reserva indígena“, conclui.

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