Da Revista Cenarium*
MANAUS – Há cerca de 12 anos, um grupo de 150 manejadores de pirarucu, técnicos, pesquisadores e representantes de instituições governamentais se reúnem anualmente para trocar experiências e discutir as oportunidades e desafios da atividade. Neste ano, em função da pandemia do novo coronavírus, o formato do encontro teve que ser adaptado para atender as recomendações sanitárias e proteger as pessoas envolvidas.
Em vez de um grande evento e da rodada de negócios, foi realizada no último fim de semana, uma reunião com cerca de 15 representantes dos grupos de manejo. O encontro que aconteceu na sede do Instituto Mamirauá, no município de Tefé, distante a 522 quilômetros da capital amazonense, e marca a retomada das atividades de manejo do pirarucu na região.
A coordenadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá, Ana Cláudia Torres, explica como foram abordadas as ações do Instituto Mamirauá e dos grupos de manejo, bem como os condicionantes para retomada das atividades.
“Essa é uma oportunidade para trocar experiências com pescadores de outras áreas de manejo sobre a cadeia produtiva do Pirarucu (Arapaima gigas) e outras espécies, identificando problemas e propondo soluções para o seu melhor desempenho”, afirmou.
Os condicionantes para retomada das atividades de contagem de pirarucu, reuniões de planejamento, bem como a pesca, monitoramento da produção, comercialização e avaliação.
Durante a tarde, o grupo discutiu estratégias com o objetivo de agregar valor ao pirarucu, além de informar sobre as articulações e negociações em andamento para venda e definir as ações do Instituto para aproximar os grupos de manejo a potenciais compradores.
O manejo
Desde 1998, o Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), atua junto às comunidades da Reserva Mamirauá com objetivo de promover a conservação dos recursos pesqueiros por meio do manejo participativo. O modelo de manejo participativo é reconhecido como uma experiência de grande importância econômica e cultural para a região.
(*) Com informações do Instituto Mamiraua
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