Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – Por conta da proximidade com a capital amazonense, o prefeito de Iranduba, Augusto Ferraz (DEM), decretou o lockdown no município no sábado, 9, até o dia 23 de janeiro. O confinamento das pessoas em casa foi estabelecido por meio de um toque de recolher, das 14 horas às 6 horas do dia seguinte.
“Vamos abrir mais um Centro de Atendimento de Emergência, no distrito do Cacau Pereira. Vou conversar com os vereadores de Iranduba para tratar sobre o lockdown e o Estado de Emergência no Município. Precisamos realmente ter três UTIs dentro do hospital para dar suporte a sociedade de Iranduba”, informou o prefeito.
De acordo com o prefeito Ferraz, contribuíram para a decisão, o fato de o Hospital Municipal Hilda Freire do Município, o único apto ao atendimento dos pacientes contaminados pelo Covid-19, estar com sua capacidade de atendimento totalmente comprometida.
Ainda de acordo com Augusto Ferraz, a superlotação nos hospitais de Manaus, também pesou para o lockdown em Iranduba, já que parte dos pacientes graves do município são transferidos para a capital do Amazonas.
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Determinações
A prefeitura não estabelece restrições para visitantes e nem de circulação de pessoas nas ruas. O decreto municipal determina, ainda, que os estabelecimentos comerciais em geral, não classificados como serviços essenciais, funcionarão somente na modalidade delivery e coleta, no período de 9 a 23 de janeiro, respeitados os protocolos de segurança.
O diretor do hospital de Iranduba, Mardem Barros, informou que a unidade está com 90% ocupados para pacientes Covid. “A parte clínica esta sendo toda aberta para pacientes com o novo Coronavírus e que os números de internações vem aumentando a cada dia”, explicou o diretor.
No decreto, ainda está proibida a realização de qualquer tipo de evento pelo poder público e por particulares. O funcionamento de casas de festas e balneários e a realização de promoções também proibido em estabelecimentos comerciais de forma presencial.
Super Lotação
Em Manaus, o sistema de saúde público e privado já trabalham no limite para atender o público, quatro unidades particulares suspenderam o atendimento ao público por conta da lotação, foram: Hospital Adventista de Manaus, Checkup, Hospital Santa Júlia e Unimed. Outra unidade que enfrenta lotação é o Hospital Militar de Manaus que instalou tendas na parte externa para atender os militares da ativa.
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Já a rede pública, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) está com 95% dos leitos reservados para pacientes com Covid-19 ocupados. Por conta desse aumento no sistema público, o Governo do Amazonas anunciou a reabertura do Hospital Nilton Lins.
Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) a unidade hospitalar deverá operar em 72 horas, com a oferta inicial de 81 leitos clínicos e 22 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para atendimento a pacientes com Covid-19. Wilson Lima esteve na unidade neste domingo, 10, para acompanhar a montagem das estruturas dos leitos e o abastecimento de medicamentos.
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