No Amazonas, psicólogas promovem live para falar sobre compulsão alimentar ligada à ansiedade


17 de maio de 2021
A busca pelo alimento como forma de compensação é algo comum por quem sofre de ansiedade (Reprodução/Internet)
A busca pelo alimento como forma de compensação é algo comum por quem sofre de ansiedade (Reprodução/Internet)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – Com o intuito de esclarecer dúvidas e alertar sobre os perigos de descontar a ansiedade na alimentação de forma compulsiva, as psicólogas Tallyne Silva e Tati Bitencourt irão realizar uma live intitulada de “Desconta sua ansiedade na comida? Descubra como acabar com isso”, nesta segunda-feira, 17, às 20h30. O evento será transmitido pelo Instagram.

De acordo com Tallyne, a ideia da iniciativa surgiu pela dificuldade percebida pelas profissionais em relação à constante busca por auxílio dos pacientes para resolver o problema. “Como é uma demanda de sofrimento muito grande, acreditamos que poderíamos ajudar outras pessoas”, conta a psicóloga.

A psicóloga revela que os casos da ansiedade ligados à busca pela comida são mais comuns do que se imagina. Segundo a profissional, 90% do atendimentos realizados são, de alguma forma, voltados a esta questão. “Infelizmente é uma realidade. Todas as pessoas vivenciam emoções de vários tipos e buscam várias formas para lidar com elas, tanto de maneira eficaz quanto ineficaz”, pontua.

Para ela, o problema não é sentir ansiedade, mas o não aceitar e reconhecer, consequentemente, partindo para maneiras erradas em lhe dar com a emoção para amenizar o desconforto sentido.

As mulheres costumam ser mais afetadas pelo problema (Reprodução/Internet)

Dados

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019, o Brasil é o País com o maior número de pessoas ansiosas com um total de 9,3 da população vivendo com essa realidade, o que corresponde a 18,6 milhões de brasileiros. Ainda de acordo com a OMS, cerca de 264 milhões de pessoas vivem ansiedade e seus transtornos em todo o planeta.

Tallyne ressalta que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Em alguns casos, por exemplo, não há o mal hábito de comer excessivamente, mas a diminuição elevada da fome. A psicóloga também ressalta que ansiedade é algo comum a qualquer indivíduo e que, de todo caso, não é ruim sentir. Segundo a especialista, o perigo está no tempo de duração.

“Então, sentir a ansiedade não é algo ruim. Mas, por vezes, a ansiedade pode se tornar altamente disfuncional quando ela começa a trazer prejuízos e sofrimento para a pessoa”, explica a psicóloga. A profissional destaca que as mulheres são as que mais sofrem com desregulamentação emocional, tendo a questão hormonal como uma dos fatores que contribuem para procura da comida como forma de alívio.

Primeiro passo para o tratamento

Para quem sofre desse mal e deseja tratar, a psicóloga orienta que a alternativa é a busca por terapia cognitivo comportamental, onde o paciente vai aprender técnicas e obter ferramentas para a regulamentação emocional, passando assim, a ter o controle das emoções e não o contrário. “Isso ajuda a não comer de forma emocional”, explica.

Ela também atenta para a parceria com o trabalho junto a um profissional de nutrição. De acordo com Tallyne, aumenta a qualidade e eficácia do tratamento tanto no âmbito emocional quanto alimentar.

“Em casos de ansiedade ou maneiras disfuncionais de lidar com a comida, os dois acompanhamentos se tornam aliados para a melhora. Vamos falar um pouco sobre cada ponto desse em nossa live, que é um tema importante a ser debatido”, finaliza.

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