No Amazonas, taxa de mortalidade das empresas chega a 47% em relação à criação de novos negócios em 2022
18 de janeiro de 2023
Enquanto 7.568 novas empresas foram abertas no Amazonas, em 2022, outros 3.557 negócios fechavam as portas no mesmo ano (Reprodução/Internet)
Alita Falcão – Da Revista Cenarium
MANAUS – Enquanto 7.568 novas empresas foram abertas no Amazonas, em 2022, outros 3.557 negócios fechavam as portas no mesmo ano, uma taxa de mortalidade empresarial de 47%. Os dados pela Junta Comercial do Estado (Jucea), com base no Sistema de Registro Mercantil (SRM), vinculado ao Ministério da Economia.
A REVISTA CENARIUM ouviu dois especialistas no gerenciamento de empresas para descobrir qual o motivo do insucesso quando o assunto é empreender e ser dono do próprio negócio.
Sede da Junta Comercial do Amazonas (Divulgação)
Para o presidente do Conselho Regional de Economia Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, a alta taxa de mortalidade ainda é reflexo da pandemia de Covid-19 e do fechamento do comércio pelo lockdown.
“Muitos trabalhadores foram demitidos e se viram obrigados a migrar de ramo, utilizando sua experiência profissional para abrir o seu negócio. O grande vilão dessa iniciativa é o desconhecimento, porque uma pessoa pode ser muito boa em função, mas não tem conhecimento para gerir”, explicou o economista.
Evangelista comenta ainda que as mudanças no cadastro para Microempreendedor Individual, o MEI, facilitaram para que as pessoas buscassem sair da informalidade. Isso explica porque a segmentação de serviço liderou o número de empresas abertas no ano passado com um total de 4.235 novos negócios na área, seguida do comércio com 2.812, e de 295 na segmentação de indústria.
“Minha recomendação para quem planeja abrir o próprio negócio é que antes busque se capacitar, busque cursos presenciais ou na internet, que hoje está aí para facilitar. O conhecimento em gestão empresarial vai, sem dúvida, fazer toda diferença para o sucesso da nova empreitada”, diz o presidente do Corecon-AM.
Melhor caminho
“Se capacitar para empreender é sempre o melhor caminho”, é o que também defende a diretora superintendente do Sebrae Amazonas, Ananda Carvalho Normando Pessoa, que destacou que no site www.am.sebrae.com.br há vários e-books sobre tendências, organização financeira, marketing, vendas, gestão, inclusive com alguns cursos online e de curta duração.
“Temos também no Sebrae várias consultorias para pequenos negócios e muitas delas o Sebrae paga 70% do investimento para o empresário, como, por exemplo: criação de site, comércio eletrônico, design de produto, design de ambiente e de serviços, consultoria de melhoria de processos e produtividade, licenças empresariais para operação, consultorias para redução de custos e eliminação de desperdícios de produção, projetos de fachadas de lojas, vitrines de lojas e muitas outras”, detalhou.
O Sebrae Amazonas é referência na qualificação empreendedora (Divulgação)
Tempo de abertura
Segundo a Junta Comercial, em 2022, o tempo médio para a abertura de uma nova empresa no Amazonas passou a ser de 3 horas e 49 minutos. Em 2021, o tempo médio era de 4 horas e 44 minutos, uma redução de 55 minutos na análise de processos de registro empresarial.
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