No Dia Internacional da Amazônia, rappers cariocas gravam versão de toada do Boi Garantido

BNegão e Shackal, ícones do movimento hip-hop brasileiro, decidiram homenagear o maior bioma brasileiro no seu dia (Divulgação)

Com informações da assessoria

MANAUS – Os rappers cariocas BNegão e Shackal, ícones do movimento hip-hop brasileiro, decidiram homenagear o maior bioma brasileiro no seu dia. Os artistas retrataram em versão que mistura rap e boi, a toada “Um Mundo Novo”, do álbum “Eu ♥️ Parintins 2021”, dos compositores Mencius Melo e Rubens Alves. A versão será apresentada na live “Amazônia Viva” do Instituto Cultural Ajurí (Inca) em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), neste domingo, 5, a partir das 18h.

De acordo com o presidente do Boi Garantido, Antônio Andrade, que teve acesso em primeira mão ao material produzido, a versão é de arrepiar. “Ouvi a versão feita pelos dois artistas e devo confessar que é de arrepiar. É um trabalho surpreendente de quem sabe se comunicar com as camadas da produção artística brasileira. Eu recomendo a todos ouvir esse material”, destacou.

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Ainda de acordo com o gestor, BNegão e Shackal chegaram à toada via articulação que o Garantido está fazendo com inúmeros agentes da cultura nacional. “Os rappers tiveram acesso ao nosso material via movimento negro de cinema carioca. O jornalista Daniel Castro apresentou o álbum aos produtores e eles escolheram ‘Um Mundo Novo’, para retratar o momento delicado por qual passa o Brasil e a Amazônia”, sintetizou.

Satisfação

Um dos autores da obra, o compositor Rubens Alves, se diz feliz com a escolha de “Um Mundo Novo”. “Para mim foi uma surpresa, uma grata surpresa até porque essa toada foi feita de última hora para atender ao espetáculo que o Garantido prepara para o final do mês de outubro. Essa toada foi encomendada para um dos momentos finais do musical”, explicou o compositor.

Com texto crítico ao momento delicado da pandemia e ao crescimento das agressões a Amazônia, “Um Mundo Novo” versa sobre o mal que as derrubadas e queimadas podem fazer à humanidade. “Já existem estudos que apontam que áreas agredidas radicalmente pela ação do homem podem liberar vírus e bactérias já que seu habitat foi modificado, assim como vimos o surgimento de vários vírus que se alastraram pela humanidade no decorrer dos séculos. No caso da Amazônia isso pode ser catastrófico”, alertou Rubens Alves.

“É exatamente isso que queremos deixar claro no texto da toada além claro, de exaltar que o futuro da humanidade passa pelo respeito aos conhecimentos tradicionais dos povos que primeiro souberam conviver em harmonia com um mundo verde e vivo como a Floresta Amazônica. Para completar, homenageamos aqueles que partiram vítimas da pandemia que há dois anos virou o mundo de cabeça para baixo”, declarou Alves. “Esperamos que a toada possa chegar a todos com a mensagem de um mundo melhor, um mundo novo…”, finalizou.

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