No exterior, eleitorado brasileiro supera 600 mil cadastrados e bate recorde

Na comparação com dados de 2018, aumento foi de quase 116 mil pessoas; total supera eleitorado de Estados como Acre, Amapá e Roraima (Reprodução/Internet)

Com informações do Estadão

BRASÍLIA – Os candidatos a presidente da República vão disputar, neste ano, um eleitorado significativo fora do País. Pela primeira vez, a chamada Zona Eleitoral Exterior ultrapassou a casa dos 600 mil eleitores cadastrados na Justiça Eleitoral, sendo, agora, maior do que a população apta a votar em Estados como Roraima, Acre e Amapá.

Até março, houve um aumento de quase 116 mil eleitores da comunidade brasileira no exterior, desde maio de 2018, quando o Tribunal Superior Eleitoral concluiu o cadastro para as eleições naquele ano. Apesar do crescimento, esses eleitores costumam receber pouca atenção dos candidatos, principalmente, devido à dispersão no mundo. A zona eleitoral exterior representa apenas 0,4% do total de pessoas com título regular no País: 148,3 milhões.

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O número parcial de registros representa um acréscimo de 24%, em comparação com o de quatro anos atrás. Em maio de 2018, a comunidade de eleitores no exterior era de 487.472 pessoas. Agora, com dados até março, são 603.391. Um novo balanço deve ser divulgado até meados de julho. O ritmo de crescimento, porém, caiu, em relação ao intervalo entre maio de 2014 e maio de 2018. Naquela época, o número absoluto passou de 337.452 para 487.472 ou 44% a mais.

No primeiro turno de 2018, o presidente Jair Bolsonaro recebeu 58,7% dos votos e Ciro Gomes ficou em segundo com 14,5%. O petista Fernando Haddad figurou em terceiro com 10%. No segundo turno, Bolsonaro levou 71% dos votos contra 28% de Haddad.

Cadastro de eleitores fora do País bate recorde e passa de 600 mil pessoas aptas a votar; cidades com maior contingente são Miami e Boston (EUA), Lisboa (Portugal) e Nagoia (Japão). Comunidade que vive no exterior pode votar apenas para a Presidência. 

Para o pleito de 2022, o presidente vai disputar a reeleição com a imagem no exterior abalada. Durante sua gestão, houve críticas em especial à China e a países europeus. Bolsonaro também perdeu apoio do governo dos Estados Unidos, após a derrota de Donald Trump para o democrata Joe Biden. Apesar dos processos que sofreu no Brasil por causa da Lava Jato – anulados depois por decisão do Supremo Tribunal Federal -, Lula ainda preserva canais políticos com a comunidade internacional. Na semana passada, por exemplo, foi capa da revista ‘Time’.

Em geral, as campanhas presidenciais não desenvolvem estratégias específicas para esse público, que tem a chance de contato com os candidatos durante as viagens prévias às eleições. São exemplos recentes os encontros da Brazil Conference, nos Estados Unidos, em que Ciro Gomes (PDT) esteve presencialmente, e o tour do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Europa.

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