No interior do AM, Polícia Federal deflagra operação ‘Isnachi’ contra crimes ambientais

Durante a ação, a PF lacrou quatro serrarias e apreendeu madeiras de origem ilícitas, bem como veículos e motosserra utilizados como instrumentos para prática de crimes ambientais (Divulgação/Polícia Federal)

Com informações da assessoria

MANAUS – A Polícia Federal deflagrou, na terça e quarta-feira, 20 e 21, a Operação Isnashi, com o objetivo de apurar possíveis ilegalidades em serrarias, localizadas no sul do Amazonas, por crimes ambientais e fraude em documentos públicos.

Durante a ação, os policiais federais, com apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, encontraram uma serraria que, apesar de embargada pelo Ibama, continuava em funcionamento de forma clandestina no distrito de Matupi, município de Manicoré, interior do Estado.

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Além disso, no decorrer das atividades de policiamento ambiental, foram identificadas mais três serrarias ilegais, que estavam com madeira sem comprovação de origem e não possuíam DOF (Documento de Origem Florestal), além de haver indícios de outros crimes ambientais sob investigação.

Na ocasião, a PF lacrou as quatro serrarias, apreendendo toda a madeira de origem ilícita encontrada, bem como um caminhão, três reboques, quatro carretas, um trator, uma caminhonete e uma motosserra. Os veículos e a motosserra foram apreendidos, pois vinham sendo utilizados como instrumentos necessários para a prática de crimes ambientais.

Foram recolhidas amostras da madeira apreendida, as quais serão encaminhadas para exames periciais diversos, inclusive para a aferição de sua exata origem, por meio do emprego de inovadora tecnologia de isótopos estáveis.

Ibama e o Ipaam serão comunicados sobre os ilícitos ambientais envolvendo as serrarias (Divulgação/Polícia Federal)

O Ibama e o Ipaam serão comunicados sobre os ilícitos ambientais envolvendo as serrarias, para que sejam iniciados os devidos processos administrativos, que podem resultar na aplicação de multas e no embargo das atividades dos referidos estabelecimentos. O Ministério Público do Trabalho também será comunicado para apurar possíveis ilegalidades praticadas por essas pessoas jurídicas em infringência às leis trabalhistas.

A partir desta operação, a Polícia Federal vai instaurar Inquérito Policial para esclarecer os fatos e identificar outros possíveis envolvidos. A investigação terá prazo inicial de 30 dias para a conclusão.

O nome da operação, ISNASHI, é uma alusão ao folclore amazônico, representando uma figura lendária, também conhecida como Mapinguari, que defende a floresta de ameaças humanas.

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