No X, Musk compartilha post sobre protestos por impeachment de Lula


Por: Cenarium*

15 de fevereiro de 2025
Elon Musk e Lula (Composição: Lucas Oliveira/CENARIUM)
Elon Musk e Lula (Composição: Lucas Oliveira/CENARIUM)

SÃO PAULO – Elon Musk, dono do X e integrante do governo de Donald Trump nos Estados Unidos, compartilhou na rede social na noite dessa sexta-feira, 14, um anúncio de protestos pelo impeachment do presidente Lula (PT).

Ilustrado com imagens das manifestações pelo impedimento de Dilma Rousseff (PT) na avenida Paulista, em São Paulo, a publicação anuncia “uma onda nacional de protestos em 120 cidades do Brasil no dia 16 de março pedindo a remoção de Lula“.

O bilionário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) dos EUA compartilhou a mensagem com seus seguidores com um “Wow”.

Musk é próximo ao bolsonarismo no Brasil e tem um histórico de enfrentamento com o Supremo Tribunal Federal (STF), com xingamentos ao ministro Alexandre de Moraes. A plataforma chegou a ser suspensa diante do descumprimento a decisões judiciais.

Em novembro, Musk usou a rede para responder ao ataque da primeira-dama brasileira, Janja, que havia dito não temer o empresário e usado a expressão “Fuck you, Elon Musk“, o equivalente a “vá se foder“. O bilionário reagiu: “Eles vão perder a próxima eleição“, com emojis de risada.

Até o início da manhã deste sábado, 15, a publicação de Musk já havia tido mais de 22 milhões de visualizações e 20 mil compartilhamentos na rede, incluindo os dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que escreveu: “O resgate do Brasil já começou! #ForaLula“.

Na manhã de sábado o tópico “Fora Lula” era o assunto político mais comentado na rede social, com mais de 109 mil publicações. A hashtag foi compartilhada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), logo após a divulgação, nesta sexta-feira, da pesquisa Datafolha.

O levantamento mostrou que a aprovação de Lula desabou em dois meses, de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%. Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema.

Integrantes do governo avaliam que entre os fatores que levaram à queda está a crise do Pix nas primeiras semanas do ano, um movimento impulsionado por Nikolas Ferreira, que também pediu a adesão de bolsonaristas aos protestos contra Lula.

A última grande manifestação bolsonarista aconteceu no dia 7 de setembro do último ano, com a presença de Bolsonaro, e reuniu milhares na avenida Paulista. Imagens áreas, no entanto, mostraram que o público foi menor do que o registrado em outro ato, em fevereiro do mesmo ano, também com a presença do ex-presidente.

Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes foi o alvo principal dos manifestantes, que também pediam anistia aos envolvidos nos ataques que depredaram as sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023.

Antes disso, em junho de 2024, bolsonaristas realizaram um ato esvaziado tendo como mote pedidos de impeachment de Lula e de Moraes.

(*) Com informações da Folhapress

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