Nobel da Paz 2020 vai para programa de combate à fome mundial da ONU

De acordo com a ONU, uma em cada nove pessoas no mundo ainda sofre com a fome (Reprodução/Internet)

Luciana Bezerra — Da Revista Cenarium

MANAUS A Organização das Nações Unidas (ONU) por meio do programa Mundial de Alimentos, foi a grande contemplada com a 101ª edição do Nobel da Paz 2020. O anúncio foi divulgado na manhã desta sexta-feira, 9, em Estocolmo, na Suécia. A premiação é concedida anualmente pelo Comitê Norueguês do Nobel.

O programa da ONU contribui para combater a fome e melhorar as condições para paz em áreas atingidas por conflitos de guerra. De acordo com informações divulgadas pela agência após a premiação, nesta sexta-feira, 9, a entidade sediada em Roma, na Itália, ajuda em torno de 97 milhões de pessoas em cerca de 88 países anualmente e afirma que uma em cada nove pessoas no mundo ainda sofre com a fome.

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“A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais notável do que nunca”, disse a chairwoman do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, em entrevista à imprensa internacional.

O prêmio é de 10 milhões de coroas suecas, ou cerca de 1,1 milhão de dólares, e será entregue em Oslo no dia 10 de dezembro à ONU.

Nobel da Paz para o Brasil ainda não foi dessa vez

Apesar de todo o impulsionamento nas redes sociais feito por celebridades, ambientalistas e apoiadores (brasileiros e internacionais) que fizeram campanha para que o Nobel da Paz 2020 fosse entregue ao maior símbolo de resistência Indígena do Brasil, Raoni Metuktire, 90 anos, não foi dessa vez que o Brasil foi agraciado com o Prêmio.

Raoni Metuktire luta a mais de cinco décadas em defesa da vida indígena, da preservação das florestas e da paz (Reprodução/ Internet)

Mesmo assim, diversas personalidades brasileiras postaram em suas redes sociais homenagem ao grande líder Kaiakó.

A ex-ministra no Meio Ambiente Marina Silva (Rede) disse durante a live solidária – Raoni Nobel da Paz, realizada nesta quarta-feira, 7, que o prêmio ao Raoni seria uma forma de premiar todos os povos indígenas do mundo e enfatizou que o cacique é um guerreiro da paz.

“O Nobel para Raoni seria uma forma de declaração de amor pelo mundo, pela natureza, pela paz e pela alegria de viver em harmonia com todos os povos e com a natureza que ele tanto ama e protege por décadas”, frisa Marina.

A ambientalista destacou ainda que se todos tivessem a consciência do peso que essa indicação do Raoni ao Nobel da Paz ao Brasil, elas teriam mais clareza que mesmo àqueles que por ventura discordam e não gostam dos povos indígenas estariam sendo premiados em contrapartida com a importância desse prêmio.

Nesta quarta feira, a REVISTA CENARIUM fez uma matéria sobre a campanha feita nas redes sociais para Raoni ganhar o Nobel da Paz e sobre a trajetória do mais importante líder indígena Kaiapó brasileiro.

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