Nova pesquisa da CovacManaus avalia terceira dose com vacina AstraZeneca no Amazonas

Vidro de vacina AstraZeneca. (Getty Images via BBC)

Victória Sales – Da Cenarium

MANAUS – O Amazonas realizará um estudo para avaliar a eficácia da dose de reforço da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. A pesquisa é financiada pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Segundo informações divulgadas pelo Governo do Amazonas, na nova etapa do CovacManaus2, vão receber a terceira dose: trabalhadores da educação e segurança pública de Manaus que completaram o esquema vacinal pelo estudo CovacManaus, realizado em março deste ano.

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A pesquisa CovacManaus foi guiada pela médica infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maria Paula Mourão, e também pelo médico infectologista da FMT-HVD e especialista em saúde pública do Instituto Leônidas & Maira Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Marcus Lacerda.

Primeira etapa

A primeira etapa da pesquisa foi realizada por seis meses e apontou que entre os vacinados, 91% apresentaram anticorpos detectáveis após a primeira dose e 99,8% após a segunda dose. O estudo revelou ainda que somente 2,6% tiveram infecções confirmadas por Covid-19 e somente um óbito foi registrado nesse período. Entre as principais comorbidades estão: obesidade com 72% e a diabetes com 54%.

Em nota, a equipe de pesquisadores informou que os dados avaliados são positivos e reforçam a importância de a população continuar se vacinando. Durante a pesquisa, foram vacinadas 5.087 pessoas com a primeira dose e 5.071 com a segunda dose. “Mesmo com uma queda na transmissão da Covid-19 em Manaus, é importante lembrar que a população vacinada no estudo é de pessoas que apresentam comorbidades, portanto esperávamos uma quantidade maior de infectados, hospitalizados e óbitos, entre esses mais de 5 mil participantes”, destacou o coordenador do estudo, Marcus Lacerda.

Eles alertam ainda que após os seis primeiros meses de acompanhamento, o estudo entrou na fase de monitoramento. “É de extrema importância que cada participante compareça para fazer a coleta de exames, conforme agendamento realizado pelo nosso call center, para que possamos ter o entendimento da necessidade, por exemplo, de um reforço dessa vacina”, disse o coordenador.

Segundo a nota técnica 27/2021, do Ministério da Saúde, idosos e imunossuprimidos demonstram vulnerabilidade maior à Covid-19, mesmo com a vacinação completa. A pesquisa CovacManaus está desenvolvendo parcerias para promover o reforço vacinal dos participantes e seguir com o acompanhamento. Os dados apresentados serão submetidos à publicação científica.

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