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Nova presidente da Caixa deve criar comitê para apurar denúncias de assédio sexual contra Pedro Guimarães
Daniella Marques Consentino, presidente Caixa (Washington Costa/Flickr)
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30 de junho de 2022
Com informações da CNN
BRASÍLIA — A nova presidente da Caixa, Daniella Marques Consentino, vai criar um comitê para apurar as denúncias de assédio sexual contra seu antecessor, segundo interlocutores da executiva.
Na quarta-feira, 29, Pedro Guimarães pediu demissão da presidência do banco estatal depois de vir a público uma investigação do Ministério Público Federal.
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O comitê de crise vai ser interdisciplinar, com especialistas das áreas jurídicas, conformidade, marketing etc. O objetivo é apurar as denúncias e identificar se outros executivos do banco acobertaram os supostos crimes.
Também tem a função de isolar a crise, preservar a imagem da Caixa e manter em funcionamento os programas do banco como o Casa Verde Amarela, o pagamento do Auxílio Brasil, entre outros.
A executiva ainda tem que passar polo comitê de elegibilidade da Caixa antes de tomar posse. Interlocutores de Daniella dizem que ela quer evitar que o episódio paralise o banco, mas também apurar com rigor o caso.
A reportagem, com depoimentos sob anonimato de cinco funcionárias da Caixa denunciando condutas de assédio e importunação sexual do agora ex-presidente Pedro Guimarães, foi publicada no portal Metrópoles.
A revelação de que funcionárias da Caixa Econômica Federal denunciaram o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, por assédio sexual, caiu como uma bomba no núcleo político da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
Enquanto os aliados buscavam um fato novo para abafar as repercussões da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o site “Metrópoles”, publicou nessa terça-feira, 28, uma reportagem e depoimentos em vídeo com uma série de depoimentos de cinco vítimas (cujas identidades foram preservadas) comportamentos inapropriados de Guimarães, como convites, frases constrangedoras e toques em partes do corpo delas.
A reportagem diz que as mulheres são testemunhas de uma investigação em curso, sob sigilo, no Ministério Público Federal (MPF). O MPF do Distrito Federal afirmou que não fala sobre procedimentos sigilosos.
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