Novo chefe da PF deve trocar diretor responsável por investigações de políticos

Novo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira (Tom Costa/MJSP)

Com informações do Infoglobo

BRASÍLIA – O novo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, deve trocar o delegado que comanda a área responsável por investigar políticos e integrantes do crime organizado, a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor). Ele também pretende promover alterações em outras cadeiras da cúpula da instituição. Na quarta-feira, 2, Márcio Nunes passou o dia reunido com os atuais diretores e lhes informou sobre mudanças que faria no órgão.

O setor onde tramitam inquéritos de políticos estava sob o comando do delegado Luís Flávio Zampronha, que tem no currículo participação em investigações de combate à corrupção, como o escândalo do Mensalão, por exemplo. A Dicor é considerada um dos postos mais sensíveis dentre as diretorias da PF, justamente pela sua área de atuação.

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O nome mais cotado para substituir Zampronha é do superintendente da PF no Ceará, Rodrigo Pellim. Ele já atuou no Mato Grosso do Sul na repressão ao tráfico de armas e drogas e foi superintendente em outros Estados, como Rondônia e Rio Grande do Norte. Nos bastidores, Pellim é considerado um delegado respeitado.

Dentro da estrutura da Dicor funciona a Coordenação de Inquéritos (Cinq), responsável por todas as investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça contra políticos com foro privilegiado, como o próprio presidente Jair Bolsonaro e aliados seus. O Cinq atualmente é coordenado pelo delegado Leopoldo Soares Lacerda. Segundo integrantes da PF, ainda não houve definição sobre a permanência dele no posto.

A Diretoria de Inteligência Policial (DIP), comandada pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, também deve passar por mudanças. O setor é estratégico por ser responsável pelas investigações a ataques de hackers a diversas instituições, entre elas o STF. Também cabe à área produzir relatórios de inteligência destinados ao diretor-geral da PF e a órgãos do governo federal.

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