Novo episódio do ‘Papo Político’ destaca ‘Kit Covid’ e fake news expostos pelo relatório da CPI

O relatório final da CPI da Covid. (Reprodução/Reuters)
Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – No quinto episódio do Programa ‘Papo Político’, as jornalistas Liliane Araújo, Paula Litaiff e a defensora pública do Estado do Amazonas Carol Braz abordam o relatório final da CPI da Covid. Durante o novo episódio do programa, que vai ao ar todo sábado, às 18h, as jornalistas ressaltam pontos considerados importantes do documento, que tem mais de 1.300 páginas, e traz apontamentos relacionados ao ‘Kit Covid’ e ao combate à disseminação de fake news.

A jornalista e diretora-executiva da CENARIUM, Paula Litaiff, alerta que a CPI pode servir como “prato cheio” para as eleições 2022 e considera positivo alguns indiciamentos, como o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas questiona sobre a efetividade das decisões pós-CPI.

“O que nos preocupa, e o que a população quer saber, é como ele vai pagar, principalmente, por ter inserido na cabeça das pessoas que o ‘Kit Covid’ era uma maneira de se tratar o novo coronavírus”, indaga Paula, complementando, ainda, que a cidade de Manaus foi feita de cobaia na política de disseminação do tratamento precoce.

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“Falando em ‘Kit Covid’, não tem como deixar de perguntar o porquê de David Almeida (prefeito de Manaus) não ter sido indiciado? Sabemos que Manaus foi cobaia do mundo, então, porque Almeida, que foi, inicialmente, citado dentre os gestores que seriam chamados para depor na CPI, de repente, não ter sido mais. A CPI da Covid indiciou quem era opositor, mas deixou a ‘ver navios’ as pessoas que queriam ver justiça pelas demais pessoas que foram usadas como cobaia. Isso não vimos”, lamenta Paula.

Fake news

Para a jornalista e mediadora do ‘Papo Político’, Liliane Araújo, a CPI tratou de forma positiva o combate à prática de disseminações das fake news. “A gente observa também alguns avanços, não podemos somente indagar que é uma questão eleitoral. Mas no combate às fake news, creio que tenha sido um avanço, principalmente, ao indiciar pessoas, pois o que mais constatamos, durante as eleições, são as práticas de disseminações de falsas informações”, destaca Liliane.

Carol Braz destaca o quesito jurídico e, em resumo, explica que, a partir de agora, a CPI deve trazer os fatos de forma mais detalhada.

“Esses fatos serão avaliados e analisados, aí sim o Ministério Público (MP) vai decidir se vai denunciar ou não essas autoridades. Não havia nem a necessidade do relatório da CPI fazer indiciamentos. A partir de agora, o MP, o procurador-geral da república, vão analisar essas condutas, realizar o devido enquadramento, e dizer quais serão os crimes que cada autoridade vai responder”, ressalta a defensora pública.

Acompanhe esta e outras edições do Programa ‘Papo Político’ no canal da TV CENARIUM no Youtube.

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