Novo plano de acolhimento de imigrantes venezuelanos em Manaus é aprovado

Edilza Sanchez, 27 anos, e grupo de familiares que foram realocadas em Manaus. (ACNUR /Felipe Irnaldo)

Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium*

MANAUS – Desde que a crise socioeconômica na Venezuela afetou o fluxo migratório, países como Brasil e Colômbia têm sido os principais destinos de refugiados. Por conta disso, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na terça-feira, 22, a aprovação de novo plano para acolhimento de venezuelanos em situação de vulnerabilidade social.

O plano desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Mulher e Cidadania (Semasc), possui a parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e a Cáritas Arquidiocesana de Manaus, que desenvolvem capacitações para a inclusão da população venezuelana no mercado de trabalho, por meio de cursos profissionalizantes e aperfeiçoamento da mão de obra.

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A diretora do departamento de proteção social especial da Semasc, Mirella Lauschner, explicou a REVISTA CENARIUM que estão sendo intensificado e regularizados novos modelos para a estratégia de saídas dos indígenas venezuelanos do acolhimento, que antes ficavam por longos períodos aguardando, e que agora devem ser de permanência temporária.  

“Atualmente estamos com quatro abrigos, um em Petrópolis, um no Alfredo Nascimento e dois no bairro Tarumã. Estamos com 430 indígenas em acolhimentos da etnia Warao, e temos aproximadamente 100 pessoas, o equivale a 8 famílias que estão sendo acompanhados pela Semasc do fluxo de saída fora dos abrigos”, explicou Mirella.

A Acnur tem atuado na proteção da população indígena na cidade, apoiando tecnicamente a gestão dos espaços de acolhida, a construção de áreas de isolamento temporário de casos suspeitos da COVID-19, além a entrega de kits de higiene individuais e coletivos, redes, colchões, capas e outros itens básicos.

Desafios

Na área de educação, segundo dados da Secretaria de Educação do Estado de Roraima (Seduc-RR), até o fim de 2019 cerca de quatro mil refugiados e migrantes venezuelanos, entre crianças, jovens e adultos, foram matriculados nas 134 escolas do sistema público de ensino estadual. Dentre eles, 3.194 são alunos do ensino fundamental e médio.

O Representante Adjunto do ACNUR no Brasil, Federico Martinez, afirma que iniciativas para inserção de imigrantes no mercado de trabalho e no universo educacional são de extrema importância. “Em um mundo no qual quase metade dos refugiados tem menos de 18 anos, é essencial que a educação seja uma um direito plenamente garantido para que possamos construir um futuro mais igualitário e justo”, afirma.

(*) Com informações da Acnur

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