Novos protestos em Mianmar deixam mais de 90 mortos

Um dos dias mais violentos dos protestos acontece no Dia das Forças Armadas no País (Reprodução/Reuters)

Com informações do G1

MANAUS – As forças de segurança mataram mais de 90 pessoas durante protestos em Mianmar, neste sábado, 27, segundo a agência de notícias Reuters. Os manifestantes têm sido reprimidos com grande violência durante os protestos por democracia, que acontecem desde o golpe militar, em 1º fevereiro.

Um dos dias mais violentos dos protestos acontece no Dia das Forças Armadas no País. Durante um desfile na capital Naypyitaw, o chefe militar Min Aung Hlaing disse que os militares protegem o povo e lutam pela democracia.

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Nessa sexta-feira, 26, a junta militar que assumiu o poder após o golpe anunciou na TV estatal que os manifestantes corriam o risco de serem “baleados na cabeça e pelas costas”, caso desafiassem as ordens de não realizarem protestos neste sábado.

Apesar da ameaça, ativistas antigolpe convocaram os atos de protesto neste sábado. Um menino de 5 anos está entre os 29 mortos na cidade de Mandalay, segundo o jornal local Mianmar Now. Também há mortos na região central de Sagaing, em Lashio, na região de Bago, e em outros lugares.

Segundo ONGs, mais de 300 pessoas já morreram na repressão aos protestos, incluindo uma menina de 7 anos. Esse número não abrange os mortos deste sábado. O governo também tem cortado o acesso à internet, censurado veículos de comunicação e bloqueado redes sociais para tentar conter os protestos.

Denúncia ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) e observadores denunciaram a repressão militar em Mianmar neste sábado. “Estamos recebendo informações sobre dezenas de mortos, incluindo crianças, centenas de feridos em 40 localidades e detenções em massa”, escreveu no Twitter o Alto Comissariado da organização para os Direitos Humanos, que alertou para uma “violência impactante”.

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