Nubank lança programa de recrutamento exclusivo para profissionais negros

O recrutamento será virtual, totalmente em português e ocorre nos dias 5 e 6 de março. (Reprodução/Internet)

Com informações da Revista Exame

MANAUS- O Nubank abriu nesta segunda-feira, 8, as inscrições para o programa “Nós Codamos”, um evento de recrutamento focado em pessoas negras. O objetivo é contratar profissionais de todos os níveis para a equipe de desenvolvimento de software.

O evento de recrutamento será virtual, totalmente em português e ocorre nos dias 5 e 6 de março. Os participantes devem ser profissionais de desenvolvimento de software que se identifiquem como parte da comunidade negra.

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O programa é aberto para todos os níveis de experiência. Os interessados podem se inscrever até o dia 12 de fevereiro pelo site do Nubank. Todos os inscritos vão participar de uma imersão no trabalho da equipe de engenharia de Software da startup, contando com profissionais da empresa e até o cofundador e CTO (Diretor de Tecnologia) Edward Wible.

Com os processos seletivos ainda em andamento, mais de 900 pessoas estão na fase de entrevistas (Reprodução/Internet)

Para concorrer às vagas, todos vão receber um teste de programação que deve ser concluído antes do evento. No dia 5, todos os inscritos participam do encontro virtual. Quem for aprovado no teste vai para a segunda fase da seleção, no dia 6, e passa por avaliação técnica com o time do Nubank.

Combate ao racismo

O evento, inédito para a contratação de pessoas pretas e pardas, segue os moldes do “Yes, She Codes”, programa que o Nubank realiza desde 2018 para aumentar a diversidade de gênero na área de tecnologia. Nos últimos dois anos, a empresa contratou 35 mulheres pela iniciativa e 95% delas continuam na equipe.

Hoje, as mulheres representam 20% do time de engenharia da companhia. Com o Nós Codamos, a empresa dá mais um passo para acelerar uma mudança também na área de diversidade racial.

Em novembro de 2020, o Nubank divulgou medidas internas e externas para combater o racismo estrutural no Brasil com o comunicado “Diversidade racial no Nubank: o que fazemos – e porque isso ainda não é o bastante”.

Em 2020, o Nubank divulgou medidas internas e externas para combater o racismo estrutural no Brasil.(Reprodução/Internet)

O posicionamento mais ativo do banco aconteceu depois da  repercussão negativa da entrevista da cofundadora Cristina Junqueira no programa Roda Viva.

Ao ser questionada sobre se o alto grau de exigência no processo seletivo da empresa não dificultaria a entrada de pessoas negras, a empresária disse que “não dá para nivelar por baixo”. Junqueira se desculpou e reforçou o compromisso do negócio em avançar na diversidade racial.

Acelerar contratações

Nos últimos três meses, o Nubank recebeu mais de 21 mil inscrições de pessoas autodeclaradas pretas e pardas para vagas de emprego. Dessas, 13 mil foram feitas por meio de uma plataforma exclusiva para esse grupo lançada em novembro. Com os processos seletivos ainda em andamento, mais de 900 pessoas estão na fase de entrevistas.

Como o combate ao racismo estrutural não é feito apenas com a contratação, o banco também expandiu seu time dedicado ao tema de diversidade e inclusão. Eram quatro pessoas responsáveis pela atração, seleção e desenvolvimento de grupos sub-representados no ano passado – agora já são oito colaboradores e há dez vagas abertas.

O banco também expandiu seu time dedicado ao tema de diversidade e inclusão. (Reprodução/Internet)

Em nota para a divulgação do evento, Junqueira reitera o compromisso em mudar o cenário da falta de representação de negros na tecnologia.

“Queremos acelerar a contratação de pessoas negras em nossos times”, diz ela. “Garantir a real inclusão de todos os grupos sub-representados é uma jornada para a vida toda, mas é muito gratificante ver que já somos um pouco mais fortes ao dar esses primeiros passos”.

Além das iniciativas na área de pessoas, a empresa tem planos para criar um centro de engenharia, design e experiência do cliente, o “NuLab”, em Salvador, e abrir um fundo de capital somente para investir em startups brasileiras fundadas ou lideradas por pessoas negras.

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