‘O amigo é essencial para nosso desenvolvimento’, diz psicóloga

A celebração ficou conhecida no Brasil na década de 90 (Reprodução/Internet)

Priscilla Peixoto – Da Cenarium

MANAUS – O dia 20 de julho é conhecido como o “Dia do Amigo”, data criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro, que celebrou pela primeira vez na década de 70. A comemoração teve como inspiração a chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969. Na ocasião, Ernesto alegou que o momento, além de um feito para o homem, poderia ser uma oportunidade de fazer amigos pelo espaço.

Ao longo do tempo a data se tornou popular e foi adotada em outros países. No Brasil, por exemplo, a comemoração passou a ter apelo popular em meados da década de 90. Mais importante que a celebração, é o bem-estar emocional e social que uma relação saudável entre pessoas que se querem bem pode acrescentar na vida um do outro.

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Na análise da psicóloga Etelma Brito, as relações de amizade são fundamentais para o desenvolvimento social, emocional, mental e físico. “São pessoas que escolhemos para participar da nossa vida. Quando criança, as amizades e vínculos ajudam na nossa socialização, na adolescência ajudam a formar a nossa identidade. Somos serem humanos e faz parte da nossa natureza a socialização, precisamos do outro para sobreviver. E, quando formamos esses vínculos, estamos auxiliando na nossa saúde como um todo”, explica a psicóloga.

Dia 20 de julho é comemorado o Dia do Amigo (Reprodução/Internet)

“A amizade prolonga a vida”

A psicóloga afirma que a saudável relação entre amigos pode prolongar até mesmo a expectativa de vida. Um estudo realizado de forma contínua há mais de 70 anos pela Universidade Harvard, em Massachussets, nos Estados Unidos, mostra que os amigos são um dos fatores que mais influenciam na saúde das pessoas.

A pesquisa afirma que pessoas com mais de 70 anos apresentam 22% mais chances de chegar aos 80 se estabelecerem vínculos de amizades ativos e positivos no cotidiano.

Etelma pontua que é na relação de amizade onde o indivíduo tem uma oportunidade a mais de compartilhar as angústias, praticar o ouvir, se doar e se colocar no lugar do outro. A presença e o apoio de um amigo em situações adversas pode ter funções terapêuticas e anestésicas necessárias.

“Quando a gente tem um grupo de amigos verdadeiros. Temos uma das verdadeiras riquezas, pessoas que não têm esse vínculo são mais isoladas socialmente e mais propensas para o adoecimento emocional e psíquico. Feliz daquele que alimenta de forma saudável essa relação necessária para o ser humano”, finaliza a psicóloga.

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos.” – Vinicius de Moraes

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