Ômicron na Amazônia: Maranhão confirma presença da variante no Estado

O cenário segue sendo o mesmo observado em outras ondas da pandemia: a alta taxa de transmissão do vírus é o pano de fundo para a geração de mais mutações e, com elas, novas variantes potencialmente preocupantes (Fernando Zhiminaicela/Pixabay)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Maranhão já tem registro da Ômicron no Estado, segundo confirmou o secretário da Saúde estadual Carlos Lula à TV Mirante, filiada da Rede Globo, na manhã desta quinta-feira, 3. Sem confirmar com exatidão o número de casos, quando ocorreu a identificação da variante, ou até mesmo de que forma os pacientes com a variante foram identificados, o secretário ainda pontuou que “a tendência é que ela se torne rapidamente propagada“.

“A gente já acreditava que o espalhamento muito rápido da doença, no Maranhão, era de fato a Ômicron, mas a gente não tinha confirmação genética disso. Dessa vez, a gente tem, de fato, a gente tem Ômicron no Maranhão, e a tendência é que ela se torne rapidamente propagada”, afirmou Carlos Lula.

A confirmação dos casos, no Estado, acontece quase dois meses após a comprovação dos primeiros casos no Brasil. Em 4 de dezembro, foram confirmados os primeiros seis casos da Ômicron, no País. As primeiras infecções causadas pela nova variante, em território nacional, foram detectadas em São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.

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O registro de novos casos da Covid-19, no Maranhão, ainda está sob controle, comparado a outros Estados da Amazônia, como o Amazonas. Nessa quarta-feira, 2, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão confirmou 1.287 novos casos e seis mortes pela doença, em 24 horas. Já no Amazonas, esse número foi de 2.849 novos casos e 19 óbitos. O Estado passou pelo pico da terceira onda em janeiro deste ano, quando, em apenas 24 horas, foram confirmados 8.319 novos casos de Covid-19.

Leia também: Pesquisador da Fiocruz confirma terceira onda de Covid-19 no Amazonas

Panorama na Amazônia

Amazonas

O primeiro caso da variante, no Amazonas, foi confirmado em 4 de janeiro. No dia 19 do mesmo mês, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou a predominância em 93% da variante Ômicron nos casos confirmados de Covid-19 no Estado.

Acre

Ainda em janeiro, a Ômicron já respondia por quase todos os resultados positivos de Covid-19 no Acre, segundo boletim de vigilância epidemiológica divulgado pela Rede Corona-ômica, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Pará

O Instituto Evandro Chagas (IEC) confirmou, na sexta-feira, 28, os primeiros 12 casos confirmados da linhagem, no Estado do Pará. Já na terça-feira, 1º, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou mais 28 casos da variante.

Tocantins

Já no Tocantins, o primeiro caso da variante foi confirmado, ainda em dezembro, pelo secretário de saúde Afonso Piva de Santana. O paciente foi um homem de 29 anos que vivia no Sul do Estado. 

Roraima

A Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), em Roraima, confirmou a circulação da variante Ômicron, no Estado, no último dia 27. De acordo com o Relatório de Circulação de Linhagens de SARS-CoV-2, das 20 amostras sequenciadas, 100% tiveram resultado para a cepa sul-africana, o que confirma sua presença no Estado.

Sintomas da Ômicron

Os sintomas mais comuns entre os infectados pela Ômicron são:

  • Febre;
  • Coriza;
  • Dor de garganta;
  • Dor no corpo.

Um estudo preliminar da Universidade de Nebraska, publicado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), ambos dos Estados Unidos, demonstrou que o tempo de incubação (período entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) da Ômicron, no organismo, é de até três dias. Ou seja, a pessoa infectada pela Ômicron desenvolve sintomas mais rapidamente do que na infecção por outras variantes.

A Ômicron foi detectada e anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD), em 25 de novembro de 2021, a partir de amostras retiradas de laboratório, após a médica Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, observar uma mudança no perfil sintomático dos pacientes com Covid-19.

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