OMS alerta que nível de vacinação contra a Covid-19 na Europa não é suficiente para evitar novos surtos

30% da população da região já recebeu ao menos uma dose de uma vacina e 17% está completamente vacinada (Thomas Kienzle/AFP)
Com informações de O Globo

GENEBRA –  O atual nível de vacinação na Europa está longe do suficiente para evitar um retorno da pandemia, advertiu nesta quinta-feira a unidade europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pediu aos países que evitem “erros” que provocaram o aumento de casos no verão de 2020.

De acordo com a unidade europeia da OMS, que inclui 53 países e territórios, incluindo alguns na Ásia Central, 30% da população da região já recebeu ao menos uma dose de uma vacina e 17% está completamente vacinada.

“Apesar de termos chegado longe, não fomos longe o suficiente”, disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em uma entrevista coletiva. A vacinação está longe de ser suficiente para proteger a região de um novo surto. A distância até alcançar ao menos 80% de cobertura na população adulta ainda é considerável.

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Kluge afirmou que a região registrou uma queda geral de novos casos, hospitalizações e morte nos últimos dois meses.

Pela primeira vez em nove meses, na semana passada a região não superou 10 mil mortes por Covid-19 em sete dias, segundo a OMS Europa.

Mas Kluge fez um apelo para que os países evitem o “erro” do verão do ano passado, quando suspenderam as medidas de restrição de maneira prematura.

“Durante o verão passado, os casos aumentaram gradualmente nos grupos jovens e passaram aos grupos mais velhos, contribuindo para um retorno devastador, confinamentos e perdas de vidas no outono e inverno de 2020”, disse Kluge.

Ele pediu aos países que aprendam “as lições do ano passado”, com uma ação rápida ante o crescimento de casos, ampliando os testes e o rastreamento de contatos, e “conseguindo rapidamente taxas elevadas de vacinação entre as populações mais vulneráveis”.

Além disso, a OMS recordou sua preocupação com a circulação de novas variantes, como a Delta, inicialmente detectada na Índia, que se suspeita ser mais contagiosa e mais resistente inclusive após a primeira dose da vacina.

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