OMS manda recado ao Brasil e pede que Queiroga ouça ciência

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

Com informações do UOL

SÃO PAULO – A Organização Mundial da Saúde (OMS) manda uma mensagem ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pede que o governo federal alinhe sua posição com a política dos governos estaduais, criando uma resposta “coerente e coesa” para frear a pandemia da Covid-19. A agência também faz um apelo para que o novo ministro ouça a ciência.

Nos últimos dias, decisões de governos estaduais têm sido atacadas pelo governo federal, que chegou a questionar medidas de confinamento e restrições em tribunais. Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro chegou a falar que o Brasil é “um exemplo” no combate à pandemia e tem criado polêmica entre peritos da OMS por continuar a defender medidas que já se provaram fracassadas.

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Nesta segunda-feira, 22, em sua coletiva de imprensa em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, voltou a qualificar a crise brasileira como “muito preocupante” e apontou que não há qualquer sinal de que o país seja um exemplo positivo. Ele destacou como, em um mês, o número de mortes dobrou no país. Entre 15 de fevereiro e 15 de março, a taxa passa de 7 mil por semana para 15 mil. “Isso é um salto enorme”, declarou.

“O número de mortes aumenta. O número de casos aumenta. O Brasil precisa levar isso a sério”, disse. “Tanto o governo como o povo”, insistiu. Tedros pediu que o país faça um “esforço coordenado” para sair da crise e aponta que apenas com todos os atores é que Brasil vai conseguir reverter a tendência de alta.

O que preocupa a OMS é que os números “continuam a aumentar rapidamente e se aceleram”. “Estamos preocupados com mortes”, disse Tedros, que congratulou o novo ministro e estendeu um sinal de que quer trabalhar com o governo brasileiro.

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