Onde os pets ficam quando os donos viajam? Hotéis e casas de pessoas de confiança viram opção para tutores

Estabelecimentos têm sido cada vez mais procurados pelos donos de pets que viajam e não podem levar os animais (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS — Viajar em família ou a trabalho é sempre um momento de preocupação para quem tem animais de estimação em casa e não pode levá-los e deixá-los sozinhos. A opção em casos como esses, para muitos donos, acabam sendo amigos, familiares ou pessoas de confiança, além de hotéis e pousadas para pets, que ficam encarregados de cuidar deles quando os tutores passam um certo período fora da residência.

A jornalista Flávia Rezende, mãe da Bia, de 5 anos, dona de um cachorro de seis anos, conta à REVISTA CENARIUM que ela e o marido sempre incluíram o Golden Retriever Theo na rotina de viagens da família desde os primeiros meses de vida do animal, pois o primeiro encontro do casal com o cachorro foi, justamente, durante uma viagem dos dois ao interior do Paraná, quando o Theo ainda era um filhote. O crescimento dele e o consequente aumento de peso motivou a procura por lugares para hospedar e cuidar do pet.

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Theo, que tem seis anos, posa para foto ao lado dos tutores Rafael Campos, Flávia Rezende e a Bia, filha do casal (Arquivo Pessoal/Reprodução)

“Para ele chegar até nós foi por meio de uma viagem, pois a gente foi buscar ele no interior do Paraná, em uma cidade chamada Campo Largo e ele veio de avião para Manaus. Na época ele era leve, porque ainda era um bebê e era mais fácil de viajar. Quando minha filha nasceu e fez três meses, viajamos de barco para Parintins [no Amazonas] e foi bem divertido, mas a situação dele crescer, ser mais pesado, foi complicando essa dinâmica de viagem. E foi aí que a gente começou a pensar em onde deixá-lo”, lembrou Flávia.

Theo, em viagem de barco para Parintins, aproveitando o vento ao lado de Rafael e Bia (Arquivo Pessoal)

A tutora do Theo reforça que é preciso pensar no conforto do pet e que tenha alguém disposto a cuidar de um animal de 38 quilos, por isso ela e o marido viram nos hotéis e pousadas as melhores alternativas para ficar com o Golden Retriever.

Flávia e Theo, em um momento de descontração em casa (Arquivo Pessoal/Reprodução)

“Começamos a buscar esses locais onde pudessem ficar com ele. Isso foi em 2017, quando ainda não era muito comum um hotel para cães e gatos e ficamos muito felizes em encontrar. Era um lugar que até eu tinha vontade em ficar de férias, pois parecia um spa de cachorro, com sombra, árvore, piscina e outros cães. Foi muito interessante, também, porque percebi que a equipe era preparada e tinha gosto de trabalhar, algo que sempre me deixou tranquila em ver o profissionalismo”, salientou a jornalista.

Nas horas vagas, Bia adora brincar com o Theo (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Espaço diferenciado

Para Flávia Rezende, entre os benefícios de levar os animais de estimação para hotéis ou pousadas estão um espaço que promova o bem-estar e a segurança dos pets, além de um lugar diferenciado onde os cães e gatos podem desfrutar e aliviar o estresse.

Theo, dentro da piscina, participa de uma manhã de atividades em um hotel para cachorros (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Segundo ela, há pouco mais de três anos a diária da hospedagem do Theo em um hotel para cachorro custava, em média, R$ 50. O valor atual, contudo, principalmente em períodos de feriados ou festas de final de ano, subiu para R$ 80.

“Eu penso que, se você decidiu ter um animal de estimação na sua família, ele merece ser bem cuidado enquanto você está se divertindo nas suas férias. Sempre pensamos nisso e o valor gasto nisso também passou a entrar no nosso orçamento familiar. Se vamos fazer viagem em tal período, temos que pensar na hospedagem do Theo”, salientou a jornalista Flávia Rezende.

Em família

Pela terceira vez, a aposentada Maria do Perpétuo Socorro, de 62 anos, ao lado da família, se mudou para a casa da sobrinha para cuidar do pequeno Shitszu chamado Bruce, enquanto a dona viaja. À REVISTA CENARIUM, ela afirma que faz isso por amor e que seu marido e filhos não se incomodam em sair da própria residência.

Maria do Perpétuo Socorro e o Bruce, de três anos (Arquivo Pessoal/Reprodução)

O cachorro é do seu sobrinho Bruno, que passou a morar no Rio de Janeiro. Em 2021, ele e a irmã Jéssica perderam a mãe. Para que eles pudessem passar o Réveillon juntos, em família, Maria do Socorro aceitou cuidar de novo do Bruce.

“É uma maneira de ajudá-los, pois eles não têm mais mãe e é uma oportunidade deles ficarem juntos durante esses nove dias. Para mim, não tem muito problema. Eu venho, cuido do cachorro e me sinto bem cuidando desse animal. Por ser familiar, eu não cobro valor e para mim não é um trabalho.

Bruce tem três anos de idade (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Segundo ela, Bruce nunca se acostumou a socializar com outros animais e isso dificultou na hora de escolher um lugar para ele ficar quando os tutores passam um período fora. Por isso, os donos sempre recorrem a ela quando viajam.

Cuidado especial

Maria do Socorro reforça que o único trabalho que ela tem com o Bruce é na hora de fazer a comida do cachorro, isso porque ele não come ração. “É um cuidado especial com ele. O Bruce come o frango e a carne que eu preparo, pois ele não como ração. E vou fazendo alternância com um tipo de alimento que eles deixam para o Bruce como forma de balancear o que ele come”, destacou.

Maria do Socorro posa para foto junto com o Bruce (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Além disso, Bruce também faz as necessidades especiais nas dependências da casa onde ele vive e o trabalho de limpeza também fica por conta do cuidador. A aposentadoria ajudou Maria do Socorro a ter tempo disponível para ajudar no cuidado com o animal.

“Como sou aposentada, tenho todo o tempo para ajudar e, geralmente, o tempo que eles precisam para se ausentar é o período que eu fico cuidando do Bruce”, declarou.

Conheça os hotéis

Hotéis ou pousadas para cães e gatos podem ser encontrados em Manaus, capital do Amazonas. Entre os destaques, estão o Petzenda Creche e Hotel Pet, localizado na Avenida Professor Nilton Lins, no bairro Flores, na zona Centro-Sul. O empreendimento oferece atividades como natação, socialização, horário de descanso, além de outros exercícios de estímulo e acompanhamento médico veterinário. O contato para agendamento é (92) 98271-4435.

O cachorrinho Panqueca adora curtir um passeio e se hospedar em hotéis para pets (Arquivo Pessoal/Reprodução)

No Conjunto Jardim Primavera, no bairro Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus, o Hotel Creche Bom Para Cachorro também oferece hospedagem para cães e gatos. Segundo o estabelecimento, cada hóspede possui alojamento individual em ambiente climatizado, aulas de natação e banhos. O contato para agendamento de hospedagem é (92) 98157-8573.

O Dog Haus Hotel, localizado no Conjunto Parque das Nações, bairro Flores, na zona Centro-Sul de Manaus, também é uma das opções para os tutores de cães e gatos que viajam e não podem deixar os animais sozinhos. O estabelecimento oferece um espaço aberto para atividades e brincadeiras, além de banhos e passeios. O contato para agendamento é (92) 98473-9529.

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