Operação ‘Catrimani II’ desarticula garimpo ilegal em Roraima
Por: Ian Vitor Freitas
26 de novembro de 2024
Material apreendido na operação (Divulgação/PF)
BOA VISTA (RR) – Agentes e servidores de órgãos que integram a “Operação Catrimani II” realizaram ações em duas áreas de garimpo ilegal localizadas às margens do Rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami (TIY) em Roraima. A operação ocorreu na quarta-feira, 20, e mirou a infraestrutura que sustenta a mineração ilícita na região.
Durante as ações, os militares destruíram os materiais utilizados em mineração ilegal, como refrigeradores, geradores, motores, placas solares, fogão e frigobar. Itens de acampamento, material de higiene pessoal, medicamentos e uma embarcação também foram destruídos pelos agentes empregados na operação.
De acordo com o governo federal, a Operação “Majestade-Cachoeira”, deflagrada na TI, tem o objetivo de proteger as comunidades indígenas afetadas pelas atividades ilegais por meio do combate à retomada de áreas pelo garimpo ilegal, além de neutralizar estruturas logísticas de apoio ao ilícito em novas áreas estabelecidas. Dessa forma, as equipes realizam patrulhas para expulsar o garimpo que a mineração ilegal causa ao meio ambiente.
Helicóptero usado na operação (Divulgação/PF)
As operações ocorrem em conjunto e contam com a participação das Forças Armadas, da Casa de Governo, além de diversas Agências de Segurança Pública que atuam no combate ao garimpo ilegal e às atividades ilícitas. O objetivo é realizar não apenas a proteção do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas, mas também o fortalecimento do Estado nas regiões.
Redução do garimpo
Em julho deste ano, o governo federal divulgou que o número de alertas de garimpo na TIY caiu de 219,67 hectares para 53,67 hectares. O levantamento foi realizado com base em dados emitidos pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão vinculado ao Ministério da Defesa. A comparação é entre os períodos de janeiro a junho dos anos de 2023 e de 2024, o que representa uma redução de 75%. Os alertas em 2022 foram de 814,81.
O resultado das ações na região reflete na melhoria da qualidade das águas dos rios. Em observação realizada pelo Censipam, via imagens de satélite, foi possível identificar melhoria na turbidez da água, ou seja, a resistência da passagem de luz. As águas que tinham aparência mais amarelada por causa da contaminação por resíduos químicos das atividades estão gradativamente voltando à coloração normal.
De acordo com o governo, as análises foram realizadas em dois pontos específicos de rios da TIY no mês de junho dos anos de 2022, 2023 e 2024. As observações ocorreram no rio Uraricoera e no entroncamento dos rios Mucajaí e Couto Magalhães, localizados em áreas de garimpo e próximos a comunidades indígenas.
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