Em Roraima, operação contra garimpo destrói dois helicópteros em território Yanomami
08 de julho de 2024

Isabella Rabelo – Da Cenarium*
MANAUS (AM) – Uma operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Exército Brasileiro e Força Nacional, resultou na destruição de dois helicópteros. Os veículos eram usados por garimpeiros ilegais para acessar garimpos em território Yanomami, região localizada no Estado de Roraima.
Os helicópteros foram destruídos na região do Apiaú, município de Mucajaí (RR), distante 51 quilômetros de Boa Vista, e em Cantá (RR), a 25 quilômetros da capital roraimense. Uma das aeronaves foi destruída após realizar um pouso de emergência em uma área rural de Mucajaí, no último domingo, 7.
De acordo com os órgãos empregados na operação, o helicóptero estava com o registro raspado e sem licença para voo. Já o outro helicóptero foi destruído na terça-feira, 2. A aeronave, que também estava em situação irregular, era utilizada na logística do garimpo e foi destruída no município de Cantá pelos agentes federais.

Essas iniciativas de enfrentamento e combate ao garimpo ilegal fazem parte da operação realizada pela PRF com o objetivo de combater ações criminosas em terras indígenas no Estado de Roraima, se concentrando especialmente na Terra Yanomami.
Operações
Em junho deste ano, cinco acampamentos montados por garimpeiros ilegais foram destruídos durante a segunda fase da Operação Catrimani 2, em Território Indígena Yanomami, também em Roraima. Participaram da ação militares das Forças Armadas, Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiental e dos Recursos Renováveis (Ibama).
A Operação Catrimani foi aberta pela Defesa em janeiro, como desdobramento das ações implementadas pelo Governo Federal em 2023 para combater o garimpo ilegal na TI Yanomami. O objetivo é interromper a logística das atividades garimpeiras e apoiar a Casa de Governo, criada pela gestão petista para atender a população indígena.