Operação da PF em Manaus investiga grupo que fraudava empréstimos com dados falsos
Por: Cenarium*
07 de agosto de 2025
MANAUS (AM) – A Polícia Federal deflagrou, na manhã dessa quinta-feira, 7, a “Operação Expurgatio“, que investiga organização criminosa que atua na prática de crime de estelionato cometido contra a Caixa Econômica Federal (CEF), por meio de concessão de empréstimos fraudulentos com uso de dados e documentos falsos de cliente. As fraudes somadas ultrapassam o valor de R$ 941 mil.
Policiais Federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e quatro medidas cautelares, em Manaus e João Pessoa/PB.
A investigação identificou diversas aberturas de contas e concessões de empréstimos em nome de terceiros, incluindo servidores públicos, mediante a utilização de documentos falsificados das vítimas. Os valores obtidos eram posteriormente transferidos por meio de transações financeiras, com o objetivo de direcioná-los aos verdadeiros beneficiários das contas.
Atuando de forma permanente nas agências bancárias da CEF, a organização criminosa é especializada na prática de estelionatos bancários no estado do Amazonas desde 2016. Parte dos investigados já foram presos diversas vezes, tanto no âmbito da Justiça Federal quanto da Justiça Estadual, contudo, voltaram a praticar os mesmos crimes, conforme identificado nesta investigação.
A PF analisou a atuação de dois núcleos distintos responsáveis pelas fraudes. O primeiro núcleo possui influência sobre atividades em todo o Amazonas, sendo responsável por coordenar a ida dos criminosos às agências mais distantes, bem como pela escolha dos perfis que melhor se adequavam aos clientes cujas contas seriam fraudadas.
Após a abertura das contas e concessão dos empréstimos, os valores eram depositados em uma pessoa jurídica, sob responsabilidade de um dos investigados. Este realizava o repasse dos valores ao criminoso que se fazia passar pela vítima junto à CEF, já com o desconto de 10% referente à fraude.
O segundo núcleo, embora também atuasse no Amazonas, direcionava os valores obtidos fraudulentamente a uma pessoa física localizada na Paraíba. Foi possível verificar que grande parte das pessoas que se faziam passar pelos clientes possuíam vínculos em comum ou residiam na mesma área de um determinado bairro, o que indica possível associação entre os envolvidos.