Operação Flora Amazônica resulta em 36 presos e R$ 200 mil apreendidos

Em Manaus, o empresário comprava a madeira ilegal com preços menores do que o avaliado no mercado, obtendo vantagens no lucro ao revender o material. (Divulgação)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Operação Flora Amazônica, que desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 2, ocorre em Manaus e em Manacapuru, na Região Metropolitana, resultou em 45 mandados de busca e apressão cumpridos e 36 pessoas presas, sendo 28 por mandado de prisão e 8 detidas.

Deflagrada pelas polícias Civil e Militar do Amazonas, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por desmatamento e comércio ilegal de madeira no estado, a operação também apreendeu, ainda, 16 caminhões, 5 armas de fogo, R$ 200 mil e mais de mil metros cúbicos de madeira.

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De acordo com a polícia, a operação conseguiu identificar e qualificar toda a engenharia criminosa do setor que extraiu cerca de 9 mil árvores centenárias de regiões de mata nativa de Manacapuru.

“Toda engenharia criminosa foi identificada e qualificada, desde o empresário de Manacapuru que paga o cerrador para ir para o meio da floresta derrubar diversas árvores, até o setor de logística para tirar essas árvores do meio da mata e levá-las à serralheria, o transporte de Manacapuru até Manaus, e o empresário final na capital, que se aproveitava das madeiras ilegais que comprova com preços aquém do mercado”, disse uma fonte policial que não quis se identificar.

Em Manaus, o empresário comprava a madeira ilegal com preços menores do que o avaliado no mercado, obtendo vantagens no lucro ao revender o material.

Ainda segundo a polícia, a organização criminosa passava, diariamente, de Manacapuru para Manaus. Alguns empresários compravam 10% de madeira legal e 90% de madeira ilegal para quando houvesse fiscalização, ele apresentasse aquele documento do material legalizado, escondendo o ilegal.

Espécies como Castanheira, Cupiuba, Seringueira, Angelim, Sumaúma, Cedro e Muiratingas, que eram extraídas e comercializadas ilegalmente nas duas cidades. As investigações ocorrem há cerca de quatro meses e o esquema criminoso envolve 12 serralherias de Manaus e Manacapuru.

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