Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS — A Força-Tarefa de Segurança Pública de Roraima, coordenada pela Polícia Federal (PF), deflagrou, nesta sexta-feira, 4, na capital Boa Vista, a “Operação Hefestos” contra um grupo suspeito de vender armamento e munição para garimpeiros ilegais no Estado. Ao todo, foram cumpridos na cidade quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Roraima.
O nome da ação faz referência ao deus do fogo, dos metais e da metalurgia na mitologia grega. As investigações do caso iniciaram em novembro do ano passado, com a prisão em flagrante de duas pessoas. Segundo a PF, esses indivíduos estavam com munições de diversos calibres que seriam destinadas ao comércio ilegal.
À época, um inquérito policial foi instaurado e as investigações identificaram que mais cinco pessoas, de nomes não divulgados, estariam envolvidas com o crime e que as armas e munições eram vendas para o garimpo da região. Uma pistola ilegal chegava a ser vendida por R$ 13 mil, segundo as investigações.
De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos são investigados pelo crime hediondo de comércio ilegal de armas de fogo e munição, com pena de 6 a 12 anos, e associação criminosa, com pena de 1 a 3 anos. Além disso, um dos envolvidos já possui passagem por crimes relacionados ao garimpo ilegal e comércio ilegal de armas de fogo e munição.
Terras Indígenas
Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal também deflagrou “Operação Aurum“, com o objetivo de investigar um esquema de tráfico de armas que abastecem garimpos ilegais na Terra Indígena Ianomami, em Roraima.
Na época, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Boa Vista. Durante o cumprimento das diligências, uma pessoa foi presa em flagrante com cinco armas de fogo, tambores para revólveres e materiais para fabricação de armas. Segundo a polícia, uma fábrica ilegal de armas destinadas a garimpeiros funcionava na casa do suspeito.
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