Operação investiga fraude em aquisição de títulos definitivos de terra no AM

As investigações iniciaram em 2020 após denúncias feitas à Polícia Civil do Amazonas. (Carlos Soares/ SSP-AM)
Marcela Leiros – Da Cenarium

MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas realizou, na manhã desta quinta-feira, 30, o desdobramento da Operação Gleba que investiga a fraude da obtenção de títulos definitivos de terras dentro da Secretaria de Estado das Cidades e Territórios (Sect). A operação foi deflagrada em diferentes zonas da cidade e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão.

O principal alvo da operação é um empresário do ramo da pesca, responsável por adquirir um terreno de 11 mil metros quadrados de forma irregular, na avenida das Torres, e dividi-lo entre funcionários e servidores da secretaria. O titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção no Amazonas (Deccor) dará mais detalhes sobre a investigação em coletiva ainda nesta quinta-feira.

Em maio deste ano, a primeira parte da operação foi deflagrada e identificou que servidores estaduais, lotados na Sect, estavam envolvidos em um esquema ilegal de venda de títulos de terra no Estado. A venda de apenas um título chegava a custar até R$ 200 mil e envolvia cargos de chefia. À época, Torres detalhou como funcionava o esquema.

PUBLICIDADE

Leia também: No AM, servidores da Sect são alvos de operação contra venda ilegal de títulos de terra

“Eles desmembravam terrenos grandes, colocavam em nome de terceiros para depois remendar esses processos e poder ‘esquentar’ essas terras. Esses processos eram agrupados em um só”, explicou o delegado no dia 4 de maio.

As investigações iniciaram em 2020 após denúncias feitas à Polícia Civil do Amazonas. Além dos servidores, um ex-funcionário – exonerado na segunda fase da operação, em agosto de 2020 – foi um dos alvos. O suspeito utilizava um crachá para se identificar como funcionário público e captar compradores de terras.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.