‘Operação Munduruku’ combate garimpo ilegal em Terra Indígena no Pará


Por: Cenarium*

05 de fevereiro de 2025
Polícia Federal durante busca em uma residência alvo da operação (Composição: Weslley Santos/Cenarium)
Polícia Federal durante busca em uma residência alvo da operação (Composição: Weslley Santos/Cenarium)

BELÉM (PA) – A Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Munduruku Log”, nesta quarta-feira, 5, visando combater atos criminosos que subsidiam a logística do garimpo ilegal no interior da Terra Indígena (TI) Munduruku, no município de Jacareacanga e em outros municípios do interior do estado do Pará. Cidades do Mato Grosso e de Rondônia também tiveram operação.

Expedidos pela Justiça Federal, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão contra empresários nos municípios paraenses de Jacareacanga, Santarém, Itaituba e Novo Progresso, além de Sinop e Alta Floresta, no Mato Grosso, e Porto Velho, em Rondônia.

Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, motocicletas de grande cilindrada, documentos, joias e ouro, provavelmente extraído ilegalmente da TI Munduruku. Além disso, houve o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, totalizando cerca de R$ 24 milhões.

Agente federal realizando buscas em uma residência alvo da operação (Divulgação/PF)

As investigações começaram com a identificação de comércios em Jacareacanga que davam suporte à extração ilegal de ouro dentro da TI, fornecendo combustível para balsas e escavadeiras hidráulicas, transportando maquinários pesados pelos rios da região, facilitando o transporte aéreo do ouro por pistas de pouso clandestinas e viabilizando sua comercialização no mercado negro.

Com o início da Desintrusão da TI Munduruku em novembro de 2024 e a prisão de diversas pessoas envolvidas com o garimpo ilegal, verificou-se que os investigados migraram para outras cidades do Pará e até para outros estados para evitar serem localizados pela Polícia Federal.

No entanto, todos os investigados foram localizados e responderão criminalmente pelos danos ambientais, pela usurpação de bens públicos da União e pelos crimes contra o povo indígena Munduruku, incluindo a violação de sua terra, cultura e costumes. Penas que somadas podem chegar a 12 anos de prisão.

(*) Com informações da assessoria

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