Operação policial no AM prende envolvidos em ataques criminosos à delegacia

Delegacia foi atacada por criminosos na noite de domingo, 6 (Reprodução/Internet)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas prendeu na manhã desta quarta-feira, 9, três suspeitos de envolvimento no ataque à sede do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no Centro de Manaus. João Vitor de Azevedo Melo, 22, Sidynei Matheus Santos Machado, 23, conhecido como “Maranhão”, e Roney Marinho Machado, 26, foram presos no âmbito da Operação Fight Back, que investigou os disparos contra a unidade policial no último domingo, 6.

O delegado titular do 24º DIP, Marcelo Martins, deu mais detalhes da investigação acerca do atentado à unidade policial, no qual a delegacia foi atingida por uma granada que causou danos ao prédio. Durante as diligências policiais, os investigadores descobriram que “Maranhão” era o autor da ação criminosa, articulada por Roney, que agia como mensageiro de uma facção criminosa que atua no Amazonas.

“Eles foram autuados em flagrante pelo crime de tráfego de drogas. Sidynei, que já possui dois mandados de prisão, irá responder também por organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Já Roney, além do flagrante, também responderá por uso de documento falso”, informou Marcelo Martins.

PUBLICIDADE
Roney Marinho Machado, 26, foi preso no âmbito da Operação Fight Back (Divulgação/Polícia Civil do Amazonas)

Durante a coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, o secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates, disse que até o momento foram presas 41 pessoas suspeitas de estarem envolvidas nos ataques.

Os atos criminosos ocorreram na capital amazonense e em mais sete municípios do Amazonas. Iniciaram depois da morte de um traficante conhecido como “Dadinho”. Após o início da série de ataques, um gabinete de crise, formado pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, foi criado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). De sábado para domingo foram atacados 17 veículos, entre ônibus e carros, agências bancárias e monumentos públicos.

Sede do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) foi atacada no domingo, 6 (Reprodução/Internet)

Força Nacional

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), solicitou apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Força Nacional de Segurança atue em apoio às tropas policiais em Manaus e nos municípios-alvos dos ataques. Na segunda-feira, 7, o ministro da Justiça, Anderson Torres, autorizou o envio. São 144 homens que desembarcaram em Manaus nesta manhã.

“A Força Nacional vem ajudar o nosso efetivo, a crise já está normalizada. Os agentes vem para cá para auxiliar ainda mais nas ações policiais”, disse Bonates.

De acordo com a portaria, os militares atuarão em atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por 30 dias, a contar dessa terça-feira, 8, data de publicação do documento. As ações serão em caráter episódico e planejado.

O documento diz ainda que a operação terá o apoio logístico do governo amazonense, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública. “O contingente a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela diretoria da Força Nacional”, diz a portaria.

Ataques em Manaus

Desde a noite de sábado, criminosos iniciaram uma série de ataques a prédios públicos em Manaus, entre eles uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Os suspeitos também atiraram contra a sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e incendiaram ao menos um caixa eletrônico na capital amazonense.

Novos ataques aconteceram na madrugada de domingo, quando ao menos 14 ônibus, duas viaturas policiais, um estabelecimento comercial e um transformador de energia elétrica foram incendiados na capital amazonense. Prédios públicos e veículos foram depredados em outros municípios.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.