Órgãos ambientais apreendem e soltam 374 pássaros na natureza


03 de julho de 2020
Órgãos ambientais apreendem e soltam 374 pássaros na natureza
Ao todo, desde o início deste ano, já foram apreendidos e libertados nas operações de fiscalização mais de 500 pássaros. (divulgação/ICMBio)

Da Revista Cenarium*

ALAGOAS – Ao longo de sete dias, 374 pássaros foram apreendidos e devolvidos à natureza durante operação de fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA), na Área de Proteção Ambiental (APA) de Murici, entorno e Zona de Amortecimento, em Alagoas. Os fiscais ainda apreenderam armas de fogo, armadilhas, animais e aplicaram multas.

Ao todo, desde o início deste ano, já foram apreendidos e libertados nas operações de fiscalização mais de 500 pássaros. As cidades do entorno da APA de Murici são receptadoras de pássaros silvestres e carcaças de animais abatidos. Além disso, a região enfrenta a cultura dos moradores em aprisionar aves silvestres em gaiolas.

Na operação, que começou em 26 de junho e terminou no dia 2 de julho, a equipe de fiscalização apreendeu 16 tatuzeiras, cinco armas de fogo, cinco armadilhas de disparo “cano”, cerca de 450 gaiolas e alçapões (que foram destruídos), um tatu abatido e dois jabutis vivos. Além disso, aplicaram 12 multas, totalizando R$ 65 mil.

Entre os pássaros apreendidos, está o saíra-sete-cores, ameaçado de extinção, e cinco curiós, espécie regionalmente ameaçada de extinção. A fiscalização aconteceu nos municípios de Murici, Branquinha, União dos Palmares, Ibateguara, Colônia Leopoldina, Novo Lino, Joaquim Gomes e Flexeiras, cidades que compõe a APA de Murici, que envolve a ESEC Murici. Essa é a terceira operação realizada neste ano com o apoio do IMA.

Segundo o analista ambiental e fiscal da Estação Ecológica (Esec) de Murici, Marco Antônio Freitas, a fiscalização é um trabalho permanente e conta com parceiros como o IMA. Freitas argumenta que as ações de fiscalização vêm reduzindo a caça dentro da Estação Ecológica (Esec) de Murici e a cultura de pássaros silvestres em gaiolas.

“Percebemos isso pelo número de pássaros silvestres encontrados livres na região e que antes eram praticamente extintos, como o canário da terra, patativa, papa-capim, caboclinho e até a volta dos curiós. Além disso, já notamos a redução da caça pelo número de animais cinegéticos que a equipe encontra com mais facilidade dentro da Esec”, ressalta o analista.

(*) Com informações da assessoria

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