Órgãos ambientais instalam placas contra captura de quelônios no Amazonas


Por: Lucas Thiago

27 de agosto de 2025
Órgãos ambientais instalam placas contra captura de quelônios no Amazonas
Os servidores federais também realizam atividades de educação ambiental com comunidades indígenas e extrativistas da região (Reprodução/Ibama)

MANAUS (AM) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realiza, durante o mês de agosto, a instalação de placas informativas nos tabuleiros de desovas de quelônios para alertar sobre a proibição da captura e coleta de ovos de tartarugas, cágados e jabutis na Unidade de Conservação da Reserva Extrativista (Resex) Ituxí, no município de Lábrea (AM), a 800 quilômetros de Manaus. A ação na região do Médio Purus conta, ainda, com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Placas instaladas em comunidade do Amazonas (Reprodução/Ibama)

Os servidores federais também realizam atividades de educação ambiental com comunidades indígenas e extrativistas da região. As equipes ministram palestras sobre a Lei de Crimes Ambientais, apresentam os tipos de infrações mais comuns nas Unidades de Conservação e Terras Indígenas (TIs) e explicam as sanções previstas. A ação informa, ainda, sobre a importância da preservação de quelônios e pirarucus e orienta sobre o papel das comunidades na proteção dos recursos naturais.

O coordenador do Programa de Quelônios da Amazônia (PQA) do Ibama, Walmir Nogueira, informou que as equipes instalaram placas de aviso e proibição de captura de ovos de quelônios na comunidade de Pedreiras do Amazonas, localizada dentro da Reserva Extrativista Ituxí. Segundo ele, essa é a 12ª de 14 comunidades da reserva onde o órgão realiza monitoramento durante o período de desova, com foco na preservação das espécies.

Desova ovos de quelônios na Resex Ituxí (Reprodução/Ibama)

“Estamos na comunidade das Pedreiras, dentro da Resex do Ituxí. Estamos o acompanhando e monitoramento de quelônios, principalmente neste período na desova. A gente está visitando toda a reserva, e a comunidade da Pedreira é uma delas, fazendo o monitoramento de quelônio. A reserva tem 14 comunidades, entre elas nós temos 12 que estamos trabalhando já com o monitoramento de quelônio”, disse o coordenador do programa.

Veja vídeo:

O analista ambiental do Ibama Cícero Furtado explicou que a ação ocorre em duas etapas. A primeira foca na orientação dos moradores, com palestras sobre educação ambiental, legislação e preservação dos quelônios. A segunda etapa envolve a fiscalização feita por equipes do Ibama, ICMBio e Funai. Segundo Furtado, os agentes atuam diretamente em campo e adotam os procedimentos legais sempre que identificam infrações ambientais nas comunidades ou ao longo do trajeto da operação.

“Durante essas ações, o Ibama, ICMbio e a FUNAI, trabalhamos de duas formas. A primeira é relacionada à questão da orientação, que são dadas pelo Programa de Quelônios da Amazônia, e em segundo plano, nós trabalhamos a questão da fiscalização. Caso nós encontrarmos algum tipo de ilícito ambiental, seja na comunidade ou seja no decorrer do nosso caminho, os procedimentos de fiscalização são realizados”, disse.

Veja vídeo:

Além desta ação, o Ibama realiza reuniões em Terras Indígenas e nas Unidades de Conservação Federais, onde são repassadas informações sobre o manejo de quelônios e pirarucus, que são aplicados nestes territórios.

A ação também será realizada na Calha do Purus, envolvendo os municípios de amazonenses Pauini, Canutama, Tapauá e Boca do Acre e se estenderá por todo o segundo semestre.

Leia mais: Garimpeiros tentam esconder máquinas durante ação do Ibama em MT
Editado por Jadson Lima

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