Padrasto é preso suspeito de estuprar enteada e oferecer R$ 1 mil para vítima no AM; mãe sabia

MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) revelou, nesta segunda-feira, 10, que prendeu uma mulher, 42 anos, e um homem, 47 anos, mãe e padrasto de uma adolescente de 14 anos por suspeita de estupro e favorecimento à prostituição em Presidente Figueiredo (AM), a 117 quilômetros de Manaus. De acordo com as autoridades, o homem ofereceu uma quantia de R$ 1 mil para manter relações sexuais com a vítima.

Conforme o relato da adolescente, o casal que mantém relacionamento há seis anos, chegou de um balneário embriagado. O depoimento aponta que o homem se dirigiu ao quarto da adolescente onde ofereceu a quantia para que ela mantivesse relações sexuais com ele. Ao negar a prática, o padrasto forçou e praticou atos libidinoso contra a vontade da vítima.

Segundo as investigações, a adolescente conseguiu fugir do local e procurou a mãe e a irmã para relatar o ocorrido. De acordo com a delegada Beatriz Andrade, titular do 37° Distrito Integrado de Polícia (DIP), a mulher não acreditou na versão da vítima e expulsou as duas filhas – a adolescente e a irmã, que não pode ter o nome divulgado – da residência onde moravam.

“A mãe, no momento em que a adolescente chegou com essa informação, desacreditou do relato e mandou que ela saísse de casa junto com a irmã. O Conselho Tutelar foi acionado pelas adolescentes e adotou as medidas iniciais, incluindo o encaminhamento ao Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) para a realização da escuta especializada”, afirmou a delegada.

A delegada informou, ainda, que a investigação não foi a primeira vez que o padrasto teria tido esse tipo de comportamento. “Ele tinha olhares inadequados todas às vezes em que olhava para ela e para outras colegas dela, que também receberam a proposta de dinheiro oferecido por ele. A vítima também contou que o homem forçava a porta do banheiro da residência para ver essas adolescentes tomando banho”, informou a autoridade policial.

O Conselho Tutelar acionou o 37° DIP do município, que solicitou a prisão preventiva do casal. A mãe e o padrasto foram presos na última sexta-feira, 7, na Vila de Balbina, bairro Waimiri, comunidade de Presidente Figueiredo. Eles devem responder pelos crimes de estupro e favorecimento à prostituição e permanecem à disposição da Justiça.