‘Palestina livre’, grita suspeito de matar funcionários da embaixada israelense
Por: Marcela Leiros*
22 de maio de 2025
MANAUS (AM) – Preso por suspeita de matar dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos, na noite desta quarta-feira,21, o homem identificado como Elías Rodríguez gritou “Palestina livre” ao ser preso após o ataque. Vídeo do momento repercutiu nas redes sociais.
O ataque a tiros, que ocorreu do lado de fora do Museu Judaico na capital estadunidense, vitimou um casal que planejava se casar em breve, segundo o embaixador de Tel Aviv na capital americana, Yechiel Leiter. “O jovem havia comprado um anel esta semana para pedir sua namorada em casamento na próxima semana em Jerusalém“, disse.
Há suspeita que o alvo do ataque era uma recepção organizada pelo Comitê Judaico American, destinada a jovens profissionais e a diplomatas credenciados em Washington. O crime ocorreu em uma área próxima a um escritório do FBI e ao escritório do procurador dos EUA, segundo os relatos.
Manifestações
Tal Naim Cohen, porta-voz da embaixada israelense em Washington, afirmou que dois de seus funcionários foram baleados “à queima-roupa” enquanto participavam de um evento judaico no museu.
A secretária de segurança interna, Kristi Noem, confirmou que dois funcionários da embaixada israelense foram mortos. “Estamos investigando ativamente e trabalhando para obter mais informações para compartilhar“, escreveu Noem em uma publicação no X. “Levaremos este perpetrador depravado à justiça.“
O presidente Donald Trump expressou condolências às famílias das vítimas e culpou o antissemitismo pelo tiroteio, em publicação nas redes sociais. “Esses horríveis assassinatos de Washington, motivados obviamente pelo antissemitismo, devem terminar agora!“, publicou Trump em sua plataforma Truth Social. “O ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA“.
O presidente israelense, Isaac Herzog, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também condenaram os assassinatos. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o reforço da segurança das missões diplomáticas de seu país em todo o mundo e atribuiu o ataque à “selvagem incitação” à violência “contra o Estado de Israel“.
Danny Danon, embaixador de Israel nas Nações Unidas, chamou o tiroteio de “um ato depravado de terrorismo antissemita“. “Prejudicar diplomatas e a comunidade judaica é ultrapassar uma linha vermelha“, disse Danon em uma publicação no X. “Estamos confiantes de que as autoridades dos EUA tomarão medidas fortes contra os responsáveis por este ato criminoso.“