Pará e Amazonas ocupam últimos lugares em índice de infraestrutura do País


Por: Jadson Lima

16 de fevereiro de 2025
Pará e Amazonas ocupam últimos lugares em índice de infraestrutura do País
Pará e Amazonas apresentam baixas colocações quando se trata de infraestrutura (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)

MANAUS (AM) – O Estados Pará e Amazonas ocupam, respectivamente, a 26ª e 27ª colocação no índice que calcula a qualidade da infraestrutura dos entes da federação. o Ranking de Competitividade dos Estados 2024, foi divulgado no dia 21 de janeiro pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A metodologia do ranking foi elaborada a partir de amplo estudo de benchmark internacional e de literatura acadêmica especializada sobre o assunto.

O estudo, que chega à sua 13ª edição, é uma ferramenta de avaliação da gestão pública do Brasil. São avaliados 99 indicadores comuns aos estados, divididos em 10 áreas-chave: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade Social.

Ele revela que o Pará ocupa a pior posição no índice de infraestrutura, que avalia a qualidade da energia elétrica e o custo do saneamento básico. O estudo, publicado no início deste ano, também aponta que o Amazonas é a segunda pior unidade da federação neste quesito, após avançar uma colocação em relação ao ano anterior, quando figurava na última posição.

De acordo com o levantamento, o Pará, que vai receber a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) em novembro deste ano, caiu duas colocações em relação ao estudo anterior, conforme os dados disponibilizados de 2024. No índice geral, que leva em conta diversos critérios, o Pará ocupa a 21ª posição entre as unidades da federação mais bem colocadas e o 4° lugar da Região Norte.

O levantamento foi realizado a partir de um estudo internacional e de literatura acadêmica especializada. A construção do ranking contou com duas etapas: tratamento dos dados coletados, possibilitando a agregação de indicadores; e a ponderação desses indicadores, com a adoção de critérios, como penalização de redundância, penalização de indicadores com grande dispersão, bonificação de indicadores com maior carência, além de avaliação de especialistas.

A posição do Estado no estudo contrasta com as obras de infraestrutura anunciadas para ficarem prontas até o evento, previsto para ocorrer na capital Belém. São cerca de 30 intervenções em andamento na cidade, abrangendo mobilidade urbana, saneamento, desenvolvimento urbano, turismo e conectividade. Entre elas, estão a revitalização das bacias do Tucunduba, Una e Tamandaré, além das reformas das avenidas Visconde de Souza Franco e Almirante Tamandaré.

Obra em andamento em Belém, cidade-sede da COP30 (Marcelo Lelis/Agencia Pará)

O levantamento também aponta, como principais desafios do Estado, a educação (24°), eficiência da máquina pública (24°), sustentabilidade social (24°) e inovação (20°). Na colocação geral, o Estado ocupa a sexta pior posição entre todas as unidades da federação.

Amazonas

Além de ser um dos Estados que enfrenta desafios na infraestrutura, os índices também indicam que o Amazonas ocupa a quinta pior colocação em educação, levando em conta tanto a avaliação educacional quanto a taxa de frequência líquida de estudantes no Ensino Fundamental. Na pesquisa anterior, o Estado estava na quarta pior posição nesse quesito.

A construção do ranking contou com duas etapas, como o tratamento dos dados coletados e a ponderação desses indicadores (Reprodução)

Em sustentabilidade social, que abrange questões como trabalho infantil e escravo, o Estado ocupa a sexta pior colocação. Já no quesito capital humano, que avalia o custo de mão de obra e a subocupação devido à insuficiência de horas trabalhadas, o Amazonas sofreu uma queda de três posições, passando a ocupar a nona pior colocação no levantamento. O estudo classifica esses eixos como desafios a serem superados.

O levantamento também apontou, por outro lado, que os potenciais do Amazonas são a inovação (bolsas de mestrado e empresas de alto crescimento) e solidez fiscal (sucesso de planejamento orçamentário e índice de liquidez), onde o Estado ocupa a 3ª e 4ª posição, respectivamente. O ranking também mostra que o Estado está bem colocado nas áreas de segurança pública (7°) e eficiência da máquina pública (8°), além da sustentabilidade ambiental (8°).

A CENARIUM pediu esclarecimentos do Governo do Pará sobre quais ações vem sendo realizadas para garantir a melhoria da infraestrutura no Estado. O Governo do Amazonas também foi procurado para informar quais ações estão sendo planejadas ou em andamento relacionadas à melhorias na infraestrutura e na educação, bem como no quesito de sustentabilidade social. Até o momento não houve retorno.

Leia mais: Governador do AM participa de encontro com ministros sobre infraestrutura e habitação

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