Com informações do Infoglobo
SÃO PAULO – A farmacêutica Merck Sharp & Dohme (MSD) anunciou nesta quarta, em uma conferência médica, que seu antiviral de uso oral molnupiravir se mostrou eficaz contra variantes da Covid-19, em testes de laboratório.
O fármaco, apresentado na forma de pílulas, está em fase 3 de estudos em duas frentes: a profilaxia — que é a proteção preventiva após a exposição a um agente infeccioso — e o tratamento para infectados que ainda não necessitam de hospitalização.
O trunfo contra as variantes, informou a agência Reuters, seria por conta do foco de ação do fármaco. Em vez de mirar na proteína S, parte do vírus que sofre algumas alterações graças às mutações, o medicamento age em uma enzima responsável pela replicação do coronavírus. O alvo da ministração do remédio é introduzir “erros” no código genético do agente infeccioso, inibindo sua replicação.
De acordo com a empresa, o novo antiviral seria potente, inclusive, contra a variante Delta, cepa mais transmissiva e responsável pela maioria de casos de Covid-19 sequenciados em países como o Brasil, Reino Unido e Estados Unidos.
Outros esforços
A Merck não é a única. A Pfizer anunciou nesta semana o início de testes intermediários para seu candidato a medicamento profilático contra a Covid-19. Os estudos incluem pessoas acima de 18 anos que moram em casas com alguém com teste positivo para a Covid-19. Participam da pesquisa por volta de 2,6 mil pessoas que tomarão o medicamento duas vezes ao dia, por cinco ou dez dias. Está previsto, também, o uso de placebo para ratificar o bom desempenho do fármaco.
Outras farmacêuticas também trabalham no desenvolvimento de medicamentos antivirais contra a Covid-19. Entre elas, estão as norte-americanas Enanta Pharmaceuticals e Pardes Biosciences, a Shionogi do Japão e a Novartis AG, da Suíça.
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