‘Paraguai será prioridade do Brasil para envio de vacinas ao exterior’, diz ministro das Relações Exteriores

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ocupa o cargo desde 1° de janeiro de 2019 (Reprodução/Internet)

Com informações da Folhapress

BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira, 17, que o Paraguai será prioridade do Brasil quando o País estiver apto a enviar vacinas contra o coronavírus ao exterior.

“O Brasil tem como prioridade na sua cooperação internacional no tema das vacinas o Paraguai. Assim que estejamos prontos para começar a cooperar internacionalmente no provimento de vacinas, o Paraguai será a nossa prioridade número um”, declarou Ernesto, após reunião com o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Euclides Acevedo.

PUBLICIDADE

Na prática, a declaração de Ernesto é uma negativa ao pleito dos paraguaios de acessar no curto prazo vacinas contra a Covid-19 no Brasil, uma das prioridades do governo Mario Abdo Benítez, atualmente ameaçado de destituição.

O governo Abdo Benítez já encaminhou uma consulta a Brasília sobre a possibilidade de doação ou exportação de imunizantes, mas recebeu a resposta de que não será possível atender a solicitação porque o Brasil enfrenta escassez de vacinas.

Interlocutores no governo Bolsonaro disseram, sob condição de anonimato, que qualquer envio de doses de vacina ao exterior – mesmo que em pequena quantidade – seria fortemente criticado internamente. Abdo Benítez enfrenta uma ameaça de impeachment desencadeada com os recentes protestos contra sua gestão na pandemia.

O roteiro de Acevedo por países vizinhos foi pensando para colher demonstrações de apoio ao presidente paraguaio. Nos próximos dias, ele tem reuniões na Argentina e no Chile.

Além da busca por vacinas e insumos, o principal objetivo da agenda de Acevedo em Brasília era conseguir um compromisso do governo Bolsonaro sobre uma data para o início das negociações da revisão do anexo C do Tratado de Itaipu, que determinará as condições de comercialização e preços de energia da usina a partir de 2023.

Os paraguaios saíram da reunião com Ernesto com a sinalização de que o Brasil está pronto para começar as discussões “tão logo as circunstâncias da pandemia minimamente o permitam”.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.