Parintinense é preso em Manaus após simular próprio sequestro para extorquir família
Por: Ana Pastana
04 de setembro de 2025
MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu em flagrante, nesta quinta-feira, 4, Risatti César Fonseca Soares, de 30 anos, natural de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), acusado de simular o próprio sequestro para extorquir a família. A prisão ocorreu no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte de Manaus.
De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Risatti fingiu ter sido sequestrado ao sair da faculdade, na noite de terça-feira, 2. Estudante de Fisioterapia, ele contou com a participação de Priscila Siqueira Lucena, de 42 anos, que também foi presa.
Para convencer os familiares, a dupla gravou vídeos em que o estudante aparecia amarrado e encenando agressões físicas. Além disso, realizou ligações em tom de ameaça, exigindo pagamento em dinheiro para que Risatti não fosse morto.
As diligências policiais tiveram início logo após a denúncia da família, na quarta-feira, 3, por volta das 8h. Equipes da DEHS localizaram o suposto cativeiro e confirmaram a farsa. A dupla foi autuada em flagrante por extorsão e permanece à disposição da Justiça.
“Essa ocorrência começou às 8h da manhã e foi terminar à 0h, ou seja, tomou os esforços das equipes da delegacia de homicídios, que interrompem tudo para atender uma ocorrência que seria uma situação grave de um suposto sequestro. Chegando ao local, para a surpresa dos policiais, a suposta vítima, na verdade, era o autor de uma simulação descarada de sequestro que virou uma extorsão”, disse o delegado-adjunto da PC-AM, Guilherme Torres.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a suposta vítima teria saído da faculdade na companhia de amigos e, desde então, não teve mais contato com a família.
Após a denúncia da família sobre o desaparecimento, os policiais da DEHS iniciaram as investigações. A PC-AM foi até a faculdade onde o suspeito estudava e interrogou colegas de Risatti. Além disso, contou com o apoio da instituição.
Ao chegar ao endereço em que supostamente o estudante estava sendo mantido em cárcere, os policiais se depararam com Risatti dormindo no local. Durante a abordagem, o suspeito confessou que simulou o sequestro para conseguir dinheiro da família e ajudar o namorado, que estava com dívidas com o tráfico de drogas.