PC-AM prende segunda suspeita de integrar rede de pedofilia no interior do Amazonas
2 de setembro de 2024
Delegado de Coari, responsável pelas investigações (Divulgação)
Da Cenarium*
MANAUS (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), cumpriu, na sexta-feira, 30, mandado de prisão temporária de Lorena Marques, de 24 anos. Ela é apontada como membro da rede de pedofilia comandada pelo padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos. A prisão ocorreu na rua Valdencio, bairro Tauá Mirim, comunidade Izidoro, zona rural de Coari.
A informação foi confirmada pela PC-AM nesta segunda-feira, 2, durante coletiva de imprensa. A primeira fase da investigação ocorreu em agosto deste ano, com as prisões do padre e de seu outro comparsa, Francisco Rayner Barros Batista, 34.
Durante coletiva de imprensa realizada na sede da Delegacia Geral, no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), destacou que a equipe policial da DIP de Coari vem se dedicando para apurar todas as minúcias do caso e prender os envolvidos.
“A prisão de Lorena se trata da continuidade ao combate a essa rede de pedofilia que estava acontecendo em Coari. Vale ressaltar que essa investigação terá outros desdobramentos e, quem tiver sido vítima desse padre, que procure a delegacia de Coari para denunciar”, falou o diretor do DPI.
Conforme o delegado José Barradas, titular da unidade policial, a segunda fase da investigação se baseou nas denúncias das vítimas sobre a participação de Lorena no esquema criminoso. Segundo as informações, ela seria a responsável por aliciar as adolescentes que frequentavam a paróquia para manter relações sexuais com o padre Paulo.
“A ligação inicial da Lorena com o padre era a prestação de serviços para o padre Paulo na paróquia local, mas com o decorrer das investigações, descobrimos que ela era quem atraía as vítimas para essa rede de pedofilia”, contou o delegado.
Segundo o delegado, nesse desdobramento, também houve a decisão judicial para extrair as informações do notebook e aparelho celular do padre Paulo e, com isso, foi descoberto que há outros casos de aborto e foram achados mais de 200 vídeos do religioso tendo relações sexuais com adolescentes.
“O padre Paulo, além de gravar os vídeos, ele também armazenava os materiais, e isso é crime. Até o momento, temos cinco vítimas confirmadas e, aos poucos, outras estão aparecendo na delegacia para denunciar”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, as investigações também apontam que tem outras pessoas envolvidas na rede de pedofilia, entretanto, mais informações a respeito não poderão ser divulgadas devido ao sigilo dos trabalhos investigativos.
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