Pecuaristas têm até 31 de outubro para declarar vacinação contra febre aftosa

A multa pelo descumprimento dessa obrigatoriedade é de R$ 300 por propriedade (Divulgação/Adaf)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Com o encerramento da segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa em 41 municípios amazonenses, os pecuaristas têm até o dia 31 de outubro para declarar a vacinação do rebanho à Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf). Eles deverão comparecer à Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) de seus respectivos municípios. A multa pelo descumprimento dessa obrigatoriedade é de R$ 300 por propriedade, com acréscimo de R$ 40 por animal cuja imunização não tenha sido informada.

A Adaf finalizou a segunda etapa da campanha no último dia 15. Foram imunizados bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. A etapa começou em 1º de agosto com previsão de imunizar aproximadamente 214 mil animais.

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Esta etapa da campanha abrangeu os municípios de Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.

Primeira etapa 

O Amazonas imunizou, na primeira etapa de vacinação contra febre aftosa, 93,7% do rebanho. Mesmo com toda crise mundial de saúde, em decorrência da pandemia de Covid-19, mais de 500 mil animais foram vacinados, conforme dados da Adaf.

A primeira etapa da campanha ocorreu de 15 de março a 30 de maio em 41 municípios das calhas dos rios Amazonas e Solimões, e de 1º de maio a 15 de junho nos municípios de Barcelos, Carauari, Juruá, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e parte de Tapauá. Ao todo, 10.888 pecuaristas de 8.440 propriedades rurais registraram a imunização de seus rebanhos.

“Nossas equipes que atuam nas Unidades de Sanidade Animal e Vegetal no interior estão de parabéns. Pelo fato de nosso serviço ser essencial, muitos dos nossos servidores foram até as propriedades de produtores rurais que estão inseridos no grupo de risco, buscando manter a imunização do rebanho contra febre aftosa. Além do comprometimento dos pecuaristas de manter os elevados índices de vacinação”, comentou o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo.

Em 2019, o estado imunizou 97,22% de todo rebanho bovino e bubalino amazonense. A porcentagem incluiu os rebanhos dos municípios que a vacinação contra febre aftosa foi suspensa em maio deste ano.

“Apesar da pandemia, os índices de vacinação dos rebanhos foram satisfatórios, acima da média preconizada pelo programa, que é de 90%. Além disso, muitos produtores compareceram no pós-etapa para notificar seus rebanhos”, destacou a médica veterinária e coordenadora estadual do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), Joelma Silva.

Status sanitário 

No dia 11 de agosto deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu o status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação em 13 municípios amazonenses e parte de Tapauá, que detêm mais de 65% do rebanho do Amazonas.

Com isso, esses municípios ficaram aptos a comercializar bovinos e bubalinos para todos os estados do Brasil (exceto Santa Catarina, que exige o reconhecimento internacional), ampliando o mercado dos pecuaristas locais e aumentando o preço pago aos produtores. A suspensão da imunização nos outros 49 municípios está prevista para 2022.

(*) Com informações da assessoria

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